A dona do Supermercado Esperança, Ezulde Salla, está empolgada com o término da construção da ponte de concreto sobre o Rio Atuba, na divisa entre Curitiba e Colombo. O trabalho foi concluído pelo Departamento de Pontes e Drenagem da Secretaria de Obras Públicas há alguns dias.
Segundo Ezulde, o movimento no comércio voltou. “No nosso caso, a queda nas vendas foi de 10% sem a ponte. Para o comércio, é muita coisa. Agora, as pessoas estão reabrindo as lojas”, revela a comerciante, que tem o negócio na Rua Sebastião Gonçalves Pinto há 28 anos.
A ponte de concreto liga as ruas Sebastião Gonçalves Pinto, em Curitiba, e Theodoro Prazmoski, em Colombo. A antiga ponte de madeira que ficava no local foi interditada em julho de 2014 e passou a funcionar somente como passagem para pedestres, pela fragilidade estrutural. Em 2016, porém, um motorista de caminhão não respeitou a interdição e destruiu a ponte ao cair no rio.
O borracheiro de Colombo José Góis conta que quis fechar as portas no período em que a região estava sem a ponte. “Foram quatro anos sem esse acesso. Teve uma passarela uma época, onde passava pedestre e moto. Tinha gente que estacionava o carro em Colombo e ia até o mercado em Curitiba a pé”, lembra ele, que mora no local há 30 anos.
Presente do ano
Adriano Ribas, que atende 120 crianças no projeto social Nova Terra, em Colombo, bem perto da ponte, também está feliz com o novo acesso. “Isso foi o presente do ano. Com a ponte de concreto, o ganho para a comunidade foi imenso. Os bairros mereciam”, defende Ribas.
A aposentada Olívia do Carmo Siqueira, que mora na região há mais de 30 anos, conta que participou até de abaixo-assinado para resolver o problema da ponte. “Aqui teve acidente com criança há muitos anos. Todo mundo está contente agora”, disse Olívia, que utiliza frequentemente a passagem entre as duas cidades.
