O Bahrein realiza eleições parlamentares daqui a algumas semanas, sem a participação do grupo político Al-Wefaq, que já foi liderado por Salman. O Al-Wefaq, que era o maior bloco de oposição xiita do país, foi obrigado a se dissolver em 2016 com a repressão do governo. A população do Bahrein é majoritariamente xiita, mas o país é governado por uma monarquia sunita.
Salman foi acusado de fornecer ao Catar informações que poderiam comprometer a segurança do Bahrein, em troca de compensação financeira. No ano passado, a TV estatal do Bahrein mostrou gravações de conversas telefônicas entre Salman e o então primeiro-ministro do Catar, Sheikh Hamad bin Jassim Al Thani, durante os protestos de 2011.
O Bahrein é um dos quatro países árabes que vêm boicotando o Catar há mais de um ano, por causa de uma disputa diplomática mais ampla.
Apoiadores de Salman dizem que os telefonemas faziam parte dos esforços da oposição para que o Catar mediasse o diálogo com o governo durante os protestos de 2011, e que as gravações foram editadas para sugerir algo diferente.
Brian Dooley, da Human Rights First, disse que a decisão deste domingo “confirma que não há tolerância para qualquer tipo de divergência no Bahrein. Fonte: Associated Press.