Parlamentares conservadores protestaram contra a possível presença do venezuelano, pendurando em uma das paredes da Câmara uma faixa com a foto de Maduro e, abaixo dela, a frase “Maduro, você não é bem-vindo”.
A transmissão do cargo teve início à meia-noite, quando os novos secretários do gabinete de López Obrador fizeram juramentos antes de assumir cargos chave de segurança – uma tradição no país para que haja sempre alguém à frente do Exército, da Marinha e da Secretaria de Governança, a principal agência de segurança interna do país. A nova secretária, Olga Sánchez Cordero, disse que o novo governo escutará “a maioria e as minorias, pois em uma democracia todas as opiniões podem se expressar”.
López Obrador conquistou vitória esmagadora nas eleições de julho, após duas tentativas fracassadas de chegar à Presidência. O novo presidente adota um discurso pouco ouvido no México desde a década de 1960: quer construir mais refinarias de petróleo estatais e incentiva os mexicanos a “não comprarem no exterior” e produzirem no México o que consumirem. Desde 1986, quando entrou em vigor o Acordo Geral de Tarifas e Comércio, o país firmou mais acordos de livre comércio do que quase qualquer outro país e promoveu privatizações em diversos setores de sua economia, com exceção de petróleo e energia elétrica.
O novo mandatário, de 65 anos, vai transferir seu gabinete oficial para o Palácio Nacional, e continuará vivendo em sua casa, ao invés de se mudar para a luxuosa residência presidencial de Los Pinos, localizada em Chapultepec, principal parque da cidade. López Obrador já disse que pretende fazer da residência um centro cultural. Na manhã deste sábado, a casa foi aberta ao público pela primeira vez desde 1930. Fonte: Associated Press.