Um deles era um jogador da Chapecoense que morreu no acidente aéreo de 2016 e cuja identidade foi mantida em sigilo pela polícia. Na época do acidente na Colômbia, o atleta estava inscrito como residente de Ossola.
Um dos membros do grupo teria convencido um padre da Província de Pádua, no Vêneto, a falsificar um atestado de batismo para um solicitante de cidadania italiana. O grupo atuava na falsificação de documentos, reconstruindo relações parentais de imigrantes italianos que, na realidade, nunca existiram.
A operação, batizada de Super Santos, foi coordenada pelo procurador Sveva de Liguoro, após a prefeitura de Macugnaga desconfiar do elevado número de brasileiros residentes na cidade As investigações duraram mais de um ano. O grupo gerenciava cerca de 60 apartamentos em cidades como Verbania e Novara, onde acomodavam os solicitantes de cidadania.
Segundo a emissora Rai, os criminosos mesclavam a atividade ilícita com as agências de turismo que administravam. Eles cobravam cerca de € 7 mil (R$ 30 mil) para um pacote que incluía a confecção dos documentos falsos, a residência na Itália, o auxílio no processo para a solicitação de cidadania e passeios turísticos. No ano passado, a pequena cidade de Ospedaletto Lodigiano, na Lombardia, cancelou a cidadania de 1.180 brasileiros após descobrir fraudes no processo. (Com agências internacionais)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.