A participação de Icaro e Caroline em finais, aliás, encerrou um hiato de 14 anos do Brasil, que não marcava presença na disputa do ouro em um Mundial desde 2005, quando Natalia Falavigna foi campeã e Márcio Wenceslau levou a prata.
Icaro, de 22 anos e oitavo colocado no ranking da categoria até 87kg, conquistou quatro vitórias em Manchester para chegar à final. Ele passou por Gabriel Diaz, de Porto Rico, por 23 a 14; por Fernando Zapata, do Chile, por 7 a 4; por Alexader Bachmann, da Alemanha, por 19 a 4; e por Ivan Sapina, da Croácia, por 16 a 12.
Na final, perdeu para o russo Vladislav Larin por 19 a 9. O brasileiro chegou a começar a luta na frente, mas foi dominado no segundo round, quando levou vários golpes que atingiram o capacete e depois não conseguiu a virada.
Na categoria até 62kg, Caroline, de 22 anos, perdeu a disputa do ouro para Iren Yaman, da Turquia, atual número um do ranking mundial e bicampeã mundial, por 21 a 7. “Tive lutas duras aqui. Foram cinco lutas, mas infelizmente não levei o ouro, mas trabalhei muito duro pra chegar até aqui e vou continuar trabalhando porque eu sei que eu posso mais”, comentou Caroline
Antes da final, a brasileira havia somado quatro vitórias. Ela havia superado a iraniana Yala Valinejad (39 a 19), a montenegrina Teodora Mitrovic (27 a 2), a espanhola Marta Gomes (25 a 5) e a croata Bruna Vuletic (14 a 11).
Já Maicon levou o bronze após conquistar três vitórias e uma derrota na categoria para lutadores com mais de 87kg. Ele também foi bronze na Olimpíada do Rio, em 2016, resultado repetido com o revés nas semifinais para Rafael Alba, de Cuba, por 17 a 13.
Nas outras fases, ele havia superado o marroquino Ayoub Bassel, o iraniano Sajjad Mardani e o britânico Mahama Cho. “Eu poderia ter ido muito melhor, mas foi a vontade de deus e eu parei no bronze. Agradeço a torcida, as mensagens, meu técnico. É mais uma medalha para eu chegar bem nos Jogos Olímpicos”, disse Maicon.
Nos dias anteriores, o Brasil havia faturado bronzes com Paulo Ricardo (até 54kg) e Milena Titoneli (até 67kg). Com isso, o Brasil fechou a competição com cinco medalhas, um recorde na história do Mundial, evento em que o País já subiu 19 vezes ao pódio.
No quadro geral de medalhas, o Brasil foi o 11º colocado do Mundial com duas pratas e três bronzes. A disputa foi liderada pela Coreia do Sul, com quatro ouros e sete medalhas, seguida pela Grã-Bretanha, com três ouros e quatro medalhas.