População pode ajudar FAS a acolher quem está nas ruas e no frio de Curitiba

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Foto: Ricardo Marajó/FAS

A Prefeitura de Curitiba registrou aumento no número de solicitações para abordagem a pessoas que estão em situação de rua, desde o início da Ação Inverno – Curitiba que Acolhe, no último dia 15. Das 18h desta terça-feira (26/5) até as 7h desta quarta-feira (27/5), 81 pedidos chegaram à Central de Encaminhamento Social 24 Horas, pelo telefone e pelo aplicativo da Central 156. Até então a média era de 50 solicitações por noite.

Apesar do aumento, o número é considerado baixo pela Fundação de Ação Social. “Nas noites mais frias de anos anteriores a quantidade de protocolos abertos no 156 chegava a 200”, explica a diretora de Atenção à População em Situação de Rua, Vanessa Resquetti.

De acordo com a diretora, a FAS possui um mapeamento dos pontos com maior concentração da população em situação de rua, mas a preocupação é com as pessoas que estão sozinhas e buscam locais mais afastados para ficar.

Embora tenha até 14 equipes percorrendo toda a cidade, a FAS pede que a população informe à Prefeitura sempre que vir uma pessoa em situação de rua. “A população são os olhos da FAS, só assim conseguiremos abranger todos os pontos da cidade”, diz Vanessa.

A população pode entrar em contato com a Central 156 por meio de telefone, chat ou pelo aplicativo Curitiba 156. Basta informar o endereço em que a pessoa se encontra e uma equipe de abordagem irá até o local.

Balanço

Na última noite, as equipes da FAS fizeram 148 abordagens a pessoas que estavam nas ruas para oferecer acolhimento e orientar sobre os riscos de contaminação pelo novo coronavírus. Em 24 casos a equipe se deslocou até o endereço informado, mas não havia ninguém no local.

Sessenta pessoas aceitaram atendimento e foram encaminhadas para casas de passagem, onde podem tomar banho, trocar de roupa, se alimentar e dormir. Outras 77 se recusaram a seguir com as equipes, apesar do frio e 194 buscaram os acolhimentos espontaneamente.

Ao todo, 582 pessoas dormiram nos abrigos do município na última noite, a segunda com maior movimento. Deste total, 328 são atendidas permanentemente nas unidades de acolhimento institucional e hotéis sociais do município, onde moram até que consigam a autonomia necessária para deixar as ruas.

Por causa do estado de saúde debilitado, uma pessoa precisou ser atendida pelo Samu e outras cinco foram levadas pelas equipes para Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Depois de conversarem com as equipes, dois homens decidiram retornar para suas famílias.

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