Caps de Fazenda Rio Grande tem programa de apoio e combate ao tabagismo

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Neste dia 29 de Agosto, é celebrada a Campanha Nacional de Combate ao Fumo. Data importante, que trata de um vício que, embora seja lícito, causa diversos malefícios à saúde. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelam que 428 pessoas morrem, por dia, em decorrência do tabagismo, no Brasil. Com a pandemia do coronavírus, a situação é pior: de acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), fumantes com Covid-19 têm 14 vezes mais chances de morrer do que as não fumantes.

Buscando reverter esse quadro, é que foram criadas políticas públicas para auxiliar pessoas que sofrem desse vício em Fazenda Rio Grande. Por meio do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), as Unidades Básicas de Saúde contam com um programa multiprofissional.

“A ideia é que tenha acompanhamento médico, que é importante pela questão da medicação; tratamento de grupo, que é onde o próprio paciente estimula o outro que passa por problemas parecidos; e outros específicos, oferecidos pela Unidade de Saúde, como apoio de fisioterapeuta, apoio de assistente social, profissional de enfermagem, dentista. A ideia é fazer o mais amplo possível, porque somente a medicação tem resultados baixos. Quando a gente combina todos esses fatores, a gente tem melhores resultados”, explica o psicólogo do Caps e da divisão de Saúde Mental, Daniel Martins.

Segundo ele, o tabaco afeta diversos sistemas do nosso organismo, como o cardíaco, vascular, pele e, principalmente, o sistema respiratório. Inclusive existem estatísticas que indicam que 90% dos casos de câncer de pulmão são causadas pelo tabagismo.

“No município, o tratamento do programa de controle de tabagismo acontece nas Unidades de Saúde e o foco é o tratamento em grupo. Hoje está um pouco mais restrito, por conta da pandemia que não permite aglomeração, então as UBS estão focando mais no tratamento individual”, aponta.

Coronavírus

Segundo o psicólogo, o tabagismo é um fator de risco para o coronavírus. “O cigarro causa algumas inflamações no organismo da pessoa. Então, principalmente no que diz respeito ao sistema respiratório, que é o foco da Covid, a pessoa fica debilitada e mais propensa a ter algum problema com o vírus”, explica.

Entretanto, ele diz também que não é possível pedir afastamento do trabalho, por exemplo, devido a isso, a não ser que a pessoa apresente complicações específicas. “Se de repente ela tiver alguma doença causada pelo cigarro, por exemplo, um câncer de pulmão, uma hipertensão descompensada, aí sim, pode pedir afastamento por ser grupo de risco”, afirma.

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