No Dia Mundial de Combate à AIDS, Vigilância em Saúde de Fazenda Rio Grande esclarece mitos e verdades sobre a doença

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Conhecido como o Dia Mundial de Combate à AIDS, o dia 1º de dezembro tem como objetivo conscientizar à população sobre o vírus HIV e a AIDS, prevenção e ainda acabar com os tabus que envolvem a doença.

Neste contexto, a Vigilância em Saúde elaborou uma lista com questionamentos, mitos e verdades sobre o vírus HIV e a AIDS, esclarecendo dúvidas comuns que as pessoas costumam ter, muitas vezes por falta de informação.

HIV e AIDS são a mesma coisa?

Não, O HIV é a sigla em inglês que dá nome ao vírus da imunodeficiência humana, que provoca a doença chamada AIDS que, por sua vez, ataca o sistema imunológico da pessoa infectada, fazendo com que o seu organismo não consiga se defender de outras doenças.

Desse modo, ser infectado com o vírus HIV não significa portanto, que a pessoa está com a doença ativa. Existem várias pessoas com o vírus, chamadas de soropositivas, que passam anos com o vírus no organismo sem que a doença se manifeste. Isso não significa que a pessoa não transmita o vírus para outras, sendo necessária então, a prevenção. O uso do preservativo deve fazer parte da vida sexual de cada pessoa.

Fui contaminado com o HIV, isso é uma sentença de morte?

Não. Nos anos 80 e 90, muitas pessoas morreram pela AIDS pois ainda não havia tratamento para a doença. Hoje em dia, nada disso acontece, pois com o tratamento adequado já descoberto e ainda disponível gratuitamente pelo SUS, uma pessoa que contraiu o vírus HIV pode viver normalmente desde que se cuide seguindo todos os passos aconselhados pelos médicos, mesmo que ainda não tenha uma cura. Quando um paciente é diagnosticado com o vírus, logo ele inicia o tratamento com medicamentos antirretrovirais (ARV), que inibem a replicação viral do HIV e evitam que o sistema imunológico seja enfraquecido.

Pessoas heterossexuais não correm risco de ter AIDS?

Sim, correm risco tanto como os homossexuais. No passado, os casos mais conhecidos de HIV e AIDS eram de homossexuais, criando um tabu que só reforçou o preconceito. Porém, todas as pessoas estão vulneráveis a contrair o vírus e a desenvolver a doença.

Já que existe tratamento, não preciso me preocupar tanto com a prevenção?

Sim, mesmo que o tratamento da AIDS e do HIV seja acessível no Brasil, e que seja possível viver normalmente tratando a doença, não significa que o vírus não poderá trazer complicações de saúde, ou ainda oferecer risco de morte.

É possível identificar visualmente uma pessoa que tem AIDS?

Não. Antigamente, as pessoas tinham costume de dizer que é possível dizer que uma pessoa está com AIDS devido à sua aparência. No entanto, os sintomas da doença não são perceptíveis. O que pode acontecer com a aparência estereotipada é a pessoa não realizar o diagnóstico precoce e estar com doença já avançada, sem tratamento, tornando-se vulnerável a adquirir outras doenças que poderão causar aspecto doentio.

Uma pessoa com HIV, pode ter filhos de maneira segura?

Sim. Com os avanços da medicina, isso já é possível, desde que a pessoa esteja seguindo o tratamento com os medicamentos da forma recomendada pelos médicos, fazendo a ingestão correta diariamente antes, durante e após a gravidez. Com isso, os riscos de infecção são menores que 1%. Se for o homem a pessoa que carrega o vírus HIV, a mulher também pode ingerir os medicamentos, sempre com acompanhamento médico, para diminuir o risco de transmissão. Os homens que possuem HIV e fazem o tratamento correto contam com a chance de contaminação para o bebê de quase zero.

Se uma pessoa com HIV faz o tratamento coreto, ela precisa usar preservativo?

Com certeza. O tratamento não exime a pessoa do uso de preservativo, até porque a medicação não previne contra outras doenças sexualmente transmissíveis.

Quando a pessoa testa negativo para HIV, ela pode fazer sexo sem proteção?

Não. Se uma pessoa teve relações com alguém com HIV, e de fato está, há a possibilidade de que o resultado do primeiro teste ainda não seja positivo. Então, é necessário esperar, pelo menos, três meses, para que seja possível detectar a presença de anticorpos que surgem com a infecção. Então, sempre depois do primeiro teste, é recomendado refazer 90 dias depois e manter sempre o uso do preservativo.

Se os dois parceiros possuem HIV, não é preciso usar preservativo na relação sexual?

A recomendação médica é que, mesmo se parceiros sexuais possuem o HIV no organismo, o uso do preservativo seja feito de qualquer forma, pois existe a chance de que uma cepa diferente do vírus ser transmitida à outra pessoa. Em alguns casos raros, pode acontecer a transmissão de uma forma de HIV que é considerada uma superinfecção, vinda de uma cepa que é resistente às medicações antirretrovirais usadas no momento.

Beijo pode passar o vírus HIV?

O simples toque ou um beijo não transmitem o vírus, desde que não haja soluções de continuidades (lesões que favoreçam o contato com o sangue). Em transfusões de sangue, compartilhamento de agulhas, ou através dos fluidos da relação sexual, como o esperma, o risco de contrair a doença é altíssimo. Por isso, é necessário o uso do preservativo.

Em caso de suspeita de contaminação, é preciso procurar sua Unidade de Saúde para a realização do exame o quanto antes, assim como para dar início ao tratamento.

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