Obesidade e COVID

Imagem: Reprodução

Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida, proprietário da QualiFis.

A obesidade é um dos fatores considerados de risco para a Covid-19. Porém, muito antes da pandemia este já era considerado um problema de saúde pública. Existe uma relação importante entre as formas mais graves da infecção pelo SARS-Cov2 e a obesidade. Fique atento! Doença crônica, progressiva e reincidente, ela atinge 600 milhões de adultos e 100 milhões de crianças ao redor do mundo, causando 4 milhões de mortes por ano. No Brasil, já acomete um em cada cinco habitantes: mais de 20 milhões de indivíduos obesos, sendo que 56% da população está acima do peso.

Existem diversas maneiras de classificar e diagnosticar a obesidade. Uma das mais utilizadas baseia-se na gravidade do excesso de peso, o que se faz através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC ou Índice de Quetelet), utilizando-se a seguinte fórmula: IMC = Peso atual (em kg) / altura² (em m). O uso do IMC é prático e simples e a sua aplicação é recomendada para adultos fisicamente INATIVOS. (Veja na imagem acima a classificação que mostra os diferentes graus de obesidade em adultos).

Vários fatores aumentam o risco de pessoas com obesidade diante do novo coronavírus. O excesso de peso tem grande relação com outras doenças metabólicas, como diabetes tipo 2 e hipertensão arterial, ambas muito frequentes entre pacientes com a forma mais grave de Covid-19. Além disso, já sabemos que indivíduos obesos, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 40 kg/m2, são mais vulneráveis às complicações da gripe comum, além de terem uma proteção diminuída contra o vírus influenza, mesmo quando vacinados. Portanto complicações maiores podem estar relacionadas e agravadas por qualquer patógeno mais agressivo.

Caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, a obesidade tem como principal causa uma alimentação inadequada ou excessiva e a inatividade física. Outras causas podem estar associadas a fatores genéticos, metabólicos, hormonais e até mesmo psicológicos. Afinal o problema é multifatorial. Mas alguns destes fatores – os mais importantes – podemos ter controle e minimizar possíveis problemas.

Outra potencial ameaça de agravamento dos problemas de peso neste período de pandemia é a tendência que já se observa no aumento do sedentarismo e maior procura por produtos não perecíveis, como alimentos industrializados, em detrimento de uma alimentação saudável. Se tal comportamento perdura por um longo período, dificulta o controle do peso por pessoas mais vulneráveis. Cuidado!

Independentemente de padrões estéticos, a obesidade é considerada uma doença crônica, que pode desencadear problemas graves na saúde. O acúmulo de gordura corporal aumenta o risco de doenças como hipertensão, aumento do colesterol e triglicérides, diabetes, apneia do sono, acúmulo de gordura no fígado, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e também pode estar associado a alguns tipos de câncer. É importante reforçar que estas doenças não são exclusividade de pessoas obesas ou com sobrepeso. Mas são prevalentes nestas.

O importante é saber que a obesidade se trata de uma doença que pode ser prevenida e combatida. Na maioria dos casos uma dieta balanceada e a prática regular de exercícios corporais modulados são suficientes. Mais propensos a desenvolverem uma série de enfermidade, como as mencionadas anteriormente, os portadores de obesidade entraram para o grupo de risco da Covid-19; são mais sensíveis a desenvolverem manifestações severas da doença. Um dos principais motivos apontados por profissionais é o constante estado de inflamação em que o corpo destes indivíduos se encontra. Esta inflamação sobrecarrega o organismo, limita e retarda a reação. Com a infecção pelo vírus, o corpo pode simplesmente não contar com uma resposta imunológica tão efetiva para combater a doença. Além disso, os quilos a mais, principalmente quando associados a um estilo de vida sedentário, podem comprometer a capacidade respiratória, justamente uma das funções mais afetadas nos casos graves da doença.

O problema é que a pandemia acaba por ser o fator que contribui para o sedentarismo e para um surto de obesidade. Com o isolamento social, muitas pessoas acabam interrompendo a sua rotina de atividades físicas ou até mesmo de uma vida mais ativa em situações do dia a dia. Além disso, o estresse gerado pelo clima de incertezas leva parte da população a descuidar da alimentação, seja por ansiedade ou pelo conforto emocional proporcionado por alguns alimentos mais ricos em carboidratos.

Por ser uma doença controlável, a obesidade deve ser combatida desde o início da vida: incentivando as crianças a terem bons hábitos alimentares, experimentarem uma ampla variedade de grupos alimentares e também a se exercitarem. Porém, a pandemia também tem afetado a rotina das crianças. Sem escolas e sem a possibilidade de brincarem em espaços abertos com outras crianças, os pequenos estão passando mais tempo em casa, buscando diversão em videogames e na televisão. Ou seja, estão passando mais tempo sentados.

Para evitar que crianças adotem hábitos que levem à obesidade, os pais podem adotar alguns hábitos simples, como:

– Ter mais alimentos saudáveis em casa;

– Servir de exemplo na alimentação saudável;

– Limitar o tempo de tela das crianças;

– Fazer refeições em família;

– Manter uma rotina;

– Estruturar brincadeiras e jogos para serem realizados em casa;

– Elogiar a criança quando ela escolher um alimento saudável ou praticar alguma atividade física;

– Saber do que a criança se alimenta, mesmo quando os pais não estão por perto.

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