Inverno e doenças respiratórias

Foto: Reprodução

Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida, proprietário da QualiFis.

Como já prometido na última matéria, daremos uma atenção especial sobre este grave problema, que se intensifica no período de inverno. A atenção com as doenças respiratórias deve ser redobrada principalmente pela crise pandêmica que passamos.

O inverno muda nosso comportamento: passamos a frequentar mais os ambientes fechados e menos ventilados, onde a circulação e renovação do ar é mais demorada e ineficaz. Isso intensifica a circulação de possíveis patógenos presentes no ambiente entre as pessoas. A proximidade das pessoas e a carga viral possivelmente presente nestes ambientes facilitam a contaminação, Outros fatores importantes também que se modificam durante este período de inverno é que passamos a receber menos irradiação do sol sobre a pele, pois ficamos mais tempo em ambientes fechados e sob roupas pesadas e isso interfere na produção da vitamina D; diminuímos também nossas atividades corporais; tomamos menos quantidade de água; em geral, nos alimentamos pior (alimentos mais gordurosos e calóricos); a falta da luz solar e dias mais curtos inibe uma produção maior de serotonina (hormônio do bem-estar) e aumenta a produção da melatonina (hormônio que pode desencadear comportamento depressivo); a baixa umidade do ar, as alterações bruscas de temperatura e o aumento da poluição atmosférica, também afetam nossa saúde. Estes fatores todos associados podem interferir negativamente em nosso Sistema Imunológico, deixando-o mais comprometido.  Consequentemente nosso organismo fica ainda mais vulnerável aos patógenos, especialmente os respiratórios.

Já sabemos desta relação importante do sistema imunológico com a saúde do corpo. E, por isso mesmo, indivíduos que tenham esta importante barreira já comprometida, ficam muito mais vulneráveis aos acometimentos mais intensos e graves de sintomas para todo tipo de doença respiratória. Parece ser fundamental, portanto, cuidar da saúde imunológica. Tema já abordado aqui em diversas matérias.

Por isso tudo, com a chegada dos períodos mais frios algumas doenças características, transmitidas por bactérias, fungos e vírus, tornam-se mais comuns:

  1. Resfriados e Gripes > As gripes são infecções das vias respiratórias superiores, como nariz e garganta, causadas por vírus do tipo Influenza, e provocam sintomas como febre, secreção nasal, coriza, dor de garganta e dor nos músculos e articulações, que pode durar de 5 a 7 dias.

Já os resfriados são o mesmo tipo de infecção, porém mais branda, causada por vírus como adenovírus, rinovírus e vírus sincicial respiratório, e provoca sintomas tipo coriza, espirros, dor de garganta e conjuntivite, que duram em média de 3 a 5 dias.

Não existe um tratamento específico para gripes e resfriados, sendo necessário a realização de repouso, uso de analgésicos para aliviar a dor, além de descongestionantes e lavagem nasal para fluidificar e remover as secreções.

  1. Rinite Alérgica > A rinite alérgica é a inflamação da mucosa que reveste o nariz, causada por reação alérgica, que provoca sintomas como espirros, coriza e coceira no nariz, sintomas que podem durar de alguns minutos até vários dias. A substância que provoca alergia varia para cada pessoa, sendo, geralmente, o pólen de plantas, poeira, ácaros ou pelos de animais. O ar seco, predominante no frio, intensifica a suspenção destas partículas.

É doença é crônica e não tem cura, entretanto existem tratamentos que podem ajudar a melhorar e controlar os sintomas, como anti-histamínicos, corticoides nasais e, principalmente, evitar o contato com as substâncias alérgicas.

  1. Sinusite > A sinusite é a inflamação da mucosa dos seios da face, que são estruturas ósseas ocas que ficam ao redor do nariz, causando sintomas como dor na região da face, secreção nasal e dor de cabeça, e pessoas que já tem um grau de rinite alérgica têm maior tendência a desenvolver esta inflamação. Doença causada, principalmente, por infecções virais, por vírus de gripes e resfriados, e por alergias, sendo somente uma pequena parte causada por bactérias.

Costuma ser orientado pelo médico o uso de anti-histamínicos, anti-inflamatórios, descongestionantes e lavagem nasal com solução salina, indicando o uso de antibióticos apenas quando há suspeita de infecção por bactérias.

  1. Pneumonia > A pneumonia acontece quando a inflamação e infecção das vias respiratórias atingem os pulmões, geralmente, causadas por bactérias, vírus ou, mais raramente, fungos. Os sintomas da pneumonia incluem tosse com catarro amarelo ou esverdeado, febre, calafrios, e, se a infecção for grave, pode causar também falta de ar, dificuldade para respirar e respiração ofegante.

O tratamento depende da causa, na maioria das vezes feito com antibióticos e analgésicos em casa, com orientação médica. Em casos mais graves, em que há sinais de alerta, como oxigenação do sangue prejudicada (baixa saturação), confusão mental ou insuficiência dos rins, por exemplo, pode ser necessária internação.

  1. Otite > Infecção que costuma acontecer por vírus ou bactérias que infectam a garganta e migram até o ouvido. Esta infecção pode causar dor no local, febre e produção de secreção, e é comum em crianças.

Geralmente, o médico orienta o uso de analgésicos, sendo feito o uso de antibióticos apenas quando há suspeita de infecção bacteriana.

  1. Asma > Crises de asma acontecem em pessoas predispostas, que têm doença inflamatória dos pulmões, e podem ser desencadeadas por fatores alérgicos, como frio e poeira, por exemplo. São mais comum em crianças, apesar de também acontecerem em adultos, e causam sintomas como chiados no peito, falta de ar e tosse.

O tratamento é feito com orientações dos pneumologistas, que pode envolver uso de broncodilatadores e corticoides, por exemplo.

  1. Meningite > A meningite é a infecção das membranas que envolvem o cérebro, por vírus, bactérias, fungos e parasitas, e provoca sintomas que podem surgir de forma repentina, com febre alta, dores fortes na cabeça, dores no corpo, náuseas e vômitos.

É mais comum em crianças, entretanto pode acontecer em adultos, transmitida através do contato com gotículas de saliva do indivíduo contaminado através da tosse, espirro ou fala.

O tratamento depende do tipo de microorganismo causador, podendo ser o uso de antibióticos injetáveis, analgésicos e anti-inflamatórios.

Atenção: Para qualquer sintoma procure imediatamente um médico!  

Recomendações importantes para este período:

. Evite locais fechados e com excesso de pessoas;

. Deixe o ambiente o mais ventilado e arejado possível;

. Lave ou higienize com álcool as mãos várias vezes ao dia, principalmente após estar ou usar locais públicos;

. Evite mudanças bruscas de temperatura (choque térmico), como sair com os cabelos molhados após o banho quente, cubra as extremidades do corpo, pés, mãos, cabeça e o pescoço (luvas, meias, gorros e cachecóis);

. Cubra a boca e o nariz ao espirrar ou tossir, preferencialmente com lenço de papel descartável;

. Se com qualquer sintoma suspeito, não circule em público. Evite o contato próximo de pessoas. Procure imediatamente um médico;

. Utilize a máscara sempre que próximo de outras pessoas;

. Tenha uma alimentação saudável;

. Não deixe de se movimentar;

. Se hidrate;

. Durma bem.

Além disso, a vacinação anual contra a gripe é capaz de proteger contra os principais vírus causadores de gripe no período. Ela é especialmente importante para pessoas com maior risco para o desenvolvimento de quadros mais graves de gripe e pneumonia viral, como idosos, gestantes, diabéticos e portadores de doenças pulmonares, cardíacas ou autoimunes.

Fonte de apoio: https://www.hospitalproncor.com.br/post/7-doencas-comuns-do-inverno

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