Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida, proprietário da QualiFis.
A atividade física desempenha papel fundamental em nossa saúde. Modificações salutares nos diferentes tecidos, órgãos e sistemas do nosso organismo e transformações na configuração metabólica (hormonal e enzimática) e na anatomia corporal são alguns desses papéis. Muitos são os artigos e reportagens sobre os benefícios das atividades motoras e exercícios corporais para a saúde fisiológica, aprimoramento da aptidão física através das melhorias de diferentes capacidades corporais (força, resistência, frequência cardíaca, respiração, velocidade, potência, flexibilidade, equilíbrio, agilidade, etc.), na composição corporal e também na estética. Mas o que pouco se fala são dos benefícios psicológicos (emocionais) e cognitivos (memória). Vamos então focar neste importante assunto!
Tranquilizante natural, a manutenção de uma rotina de práticas regulares de exercícios físicos oferece também muitos benefícios para a mente. No entanto, é ainda um aspecto pouco explorado e divulgado, pelas mídias, os efeitos benéficos que a prática de exercício físico controlado traz para a nossa saúde mental. Alguns estudos já têm demonstrado as melhoras na qualidade do sono, nos aspectos cognitivos (memória, concentração, criatividade e aprendizado), na motivação e na variação do humor que tem relação direta com a ansiedade e a depressão.
Manter uma rotina de movimentos corporais é capaz de oferecer muitos benefícios psicológicos, como promover a sensação de bem-estar, melhorar o autoconceito (ou autoimagem), a autoestima, reduzir a percepção dos estresses diários, diminuir a ansiedade e os comportamentos neuróticos, reduzir a possibilidade de estados depressivos e ainda promover a confraternização combatendo o isolamento social. Esse último é um fator crucial a ser observado, uma vez que a nova rotina proposta pela pandemia pode ser um fator estressante e gatilho para problemas mentais ainda maiores.
A vida moderna é exigente e veloz nos acontecimentos e mudanças, porém, por conta da tecnologia e facilidades, estimula e proporciona muito pouco movimento corporal. E o comportamento predominantemente sedentário nos transforma em pessoas inativas fisicamente. E entre os fatores fundamentais para manter uma boa saúde física e mental está na necessidade da prática regular de atividades físicas. Precisamos nos transformar em indivíduos ativos fisicamente! Isso é urgente! O mundo está doente!
Os benefícios psicológicos da atividade física vão muito além da sinalização para a produção de hormônios que garantem a felicidade e o bem-estar. Eles também promovem a longevidade, afastam doenças físicas e psicológicas.
O exercício físico é considerado por muitos como uma alternativa não-medicamentosa na prevenção e no tratamento de várias patologias médicas e distúrbios psicológicos e biológicos.
Alguns importantes hormônios que diferentes movimentos corporais moderados ou intensos são capazes de estimular são: serotonina, dopamina, endorfina e ocitocina. Eles são responsáveis pela sensação de bem-estar e felicidade e também favorecem no metabolismo, na melhoria das sinapses (neurotransmissão de informações), no sono de qualidade e na formação dos pensamentos. Isso ocorre quando da modulação adequada do exercício corporal, para cada indivíduo, que estimula a liberação daqueles diferentes hormônios e substâncias, que são controladoras de reações importantes nos processos neurais e cognitivos no cérebro.
É importante ressaltar que a ausência ou a diminuição de sintomas depressivos e de ansiedade estão associadas à prática regular de exercício físico. Estes transtornos possuem influências comportamental, social e do meio, bem como uma implicação biológica, que é intermediada por uma série de hormônios controladores da nossa sensação de tranquilidade e bem-estar. Já se sabe também que pessoas ativas possuem menores chances de serem acometidas por disfunções cognitivas do que pessoas sedentárias: por exemplo, possuem menores riscos de sofrerem do mal de Alzheimer. E ainda transtornos mentais como esquizofrenia, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), adicção (compulsão ou dependência), fobias, além do apoio psicológico e físico para cirurgias bariátricas e muitas outras, nos transtornos pós-traumáticos, entre outros, têm no exercício físico uma parte integrante e fundamental do tratamento.
Consulte um treinador físico para que ele possa modular sua atividade dentro de parâmetros eficazes e seguros. Antes de iniciar qualquer tipo de atividade física, é necessária a realização de uma avaliação médica e funcional, principalmente em indivíduos que possuem alguma doença e que estão em uso continuado de algum medicamento.
E se você quiser saber mais sobre este tema, faço um convite para agendar aí o dia 30/Set (quinta-feira), 19:30h, neste perfil >> https://www.instagram.com/fabianabrunieri/, onde acontecerá uma Live entre mim e a especialista na psicologia comportamental. Desenvolveremos o assunto com maior profundidade. Compartilhe com quem você acredita que poderá fazer alguma diferença: “Agir Salva Vidas”
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