Sedentarismo é fator de risco!

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Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida, proprietário da QualiFis.

O sedentarismo é definido como uma qualidade daqueles indivíduos que, no seu dia a dia, superam em práticas sedentárias sua rotina. Por práticas sedentárias considera-se toda e qualquer atividade que pouco mude o gasto energético de repouso e que se realize em posição deitada, sentada, inclinada ou em pé de forma leve em razão do trabalho, ocupação, atividades domésticas, estudo ou momento de descanso. Caracteriza-se, portanto, pela ausência mínima de alguma atividade corporal com maior gasto energético.  E neste sentido, o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM > https://www.acsm.org/) define sedentarismo como uma prática de atividades físicas de intensidade leve a moderada inferior a 150 minutos por semana, para a população entre 18 e 60 anos. Por isso mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS > https://www.who.int/) recomenda a prática de exercícios físicos de intensidade moderada a vigorosa por, pelo menos, 150 minutos por semana.

No entanto, a OMS revela que uma, a cada três pessoas, não pratica atividades físicas regularmente. É sabido que a atividade física estimula a função dos sistemas cardiovascular, respiratório e musculoesquelético, assim como promove também motivação e equilíbrio psicológico, no humor, no cognitivo (pensamento) e na criatividade, além da sensação de felicidade e bem estar. A inatividade Física é considerada o principal fator de risco para a morte súbita, estando na maioria das vezes associado direta ou indiretamente, às causas ou ao agravamento da grande maioria das doenças. E de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (https://www.portal.cardiol.br/), o sedentarismo é considerado o mal do século e um dos fatores de maior risco para doenças cardiovasculares.

O corpo humano funciona melhor quando recebe estímulos de movimentos. Dessa forma, quando o indivíduo é ativo, as funções vitais acontecem de forma regular e com menor desgaste. Em contrapartida, o indivíduo sedentário sobrecarrega o organismo, prejudicando o seu funcionamento. Como consequência, ocorre o sobrepeso, a obesidade, artrose (desgaste articular e ósseo), artrite (inflamações das articulações), problemas vasculares e cardíacos, além de doenças como diabetes, hipertensão e depressão.

Um estudo clínico, que se estendeu ao longo de quase meio século, mostrou que o sedentarismo é o segundo maior fator de risco para a mortalidade. Nesse contexto, perde posição apenas para o tabagismo.

O estudo conduzido pelo Dr. Per Ladenvall, do Departamento de Biologia Molecular e Medicina Clínica, Sahlgrenska Academy da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e publicado no European Journal of Preventive Cardiology, é considerado um dos mais longos do seu gênero. Entitulado ”The dangers of physical inactivity revisited in 45-year study”, foi realizado com o intuito de investigar os fatores de risco do sedentarismo para doenças cardiovasculares e mortalidade. Ao longo de quase meio século, os pesquisadores investigaram a atividade física e seu efeito sobre a expectativa de vida.

A equipe de pesquisadores acompanhou um grupo de 792 homens de 50 anos de idade, inativos fisicamente, recrutados em 1963 na cidade de Gotemburgo e os acompanhou por 45 anos (!). Durante a realização do estudo, foram realizados testes de esforço, ergoespirometria (teste ergométrico com análise de gases expirados) e diferentes tipos de exames físicos, clínicos e laboratoriais. Os indivíduos foram separados em três grupos segundo suas capacidades iniciais do VO2máx. (que é a capacidade do organismo em absorver, transportar e utilizar o oxigênio) e seu estilo de vida – todos classificados como sedentários: os de menor condição física, os de média condição e os que tinham mais alta condição. No resultado final um claro padrão ficou identificado: no grupo com maior capacidade de VO2máx. reduziu-se em 21% o risco de morte durante o curso do estudo. Essa relação se manteve mesmo naqueles indivíduos que precisaram realizar também o controle de pressão arterial, do tabagismo e dos níveis de colesterol.

O estudo mais longo já conduzido, para esta situação, concluiu que o estilo de vida sedentário está associado ao risco aumentado de diabetes, de doença cardiovascular e de morte. A baixa capacidade aeróbica (VO2máx.) foi associada ao aumento da mortalidade.

O desafio, agora, é encorajar, despertar, sensibilizar, disciplinar as pessoas para se manterem fisicamente ativas. A prática de atividades físicas regular, aliada à dieta, sono reparador, hidratação, banhos de sol, gerenciamento dos estresses, mente ativa e bons relacionamentos são fundamentais para uma manutenção da saúde e da qualidade de vida.

Cuide da sua saúde. Adote hábitos saudáveis, entre eles a prática de movimento ou exercícios físicos. Afinal, a inatividade física é também um importante fator de risco para a sua vida.

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