Sistema de monitoramento de bandeiras atinge menor pontuação

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Secretária municipal da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak.

Lançado em junho de 2020 pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, o sistema de monitoramento por bandeiras, que demonstra por meio de cores o nível da pandemia de covid-19 em Curitiba e a situação das restrições de funcionamento das atividades, atingiu nesta semana a menor pontuação desde o seu lançamento: 1,35.

Os dados são resultado da semana de 4 a 10 de novembro, e foram avaliados pelo Comitê de Técnica e Ética Médica em reunião nesta quinta-feira (11/11).

Desde 7 de julho Curitiba segue no primeiro nível, amarelo, que indica estado de alerta e que a situação está fora da normalidade, mas os indicadores seguem apresentando melhora gradativa. Esse é o maior período que a cidade se mantém nesse cenário, 127 dias.

“Hoje é um dia de comemoração no Comitê e, essa ferramenta foi essencial para chegarmos até aqui sem o colapso do sistema de saúde. Embora em meio a muitas críticas, foram as decisões difíceis que tomamos longo desse período que nos trouxeram até aqui”, comemora a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.

Análise do cenário

A média móvel de óbitos por data de divulgação apresentou queda de 46,7% nos últimos 14 dias. Nos casos ativos, a redução foi de 22,1%. O número indica a quantidade de pessoas na fase ativa da doença que acompanha a baixa do Rt, dado que indica quantidade de novos contaminados por cada pessoa na fase ativa da doença. O número está 0,69, abaixo de 1, condição que demostra desaceleração da pandemia.

As taxas de ocupação de leitos exclusivos para covid-19 também ilustram cenário positivo, a taxa de ocupação dos 160 leitos de UTI SUS exclusivos para covid-19 está em 40%, já dos 137 leitos de enfermarias SUS covid-19 está em 47%. A cidade que chegou a marca de mais de mil leitos SUS ativos para atender pacientes da covid hoje tem 297 leitos ativos com ocupação abaixo de 50%.

O painel

O programa conta com um painel com três níveis de cores: amarelo (alerta), laranja (risco médio) e vermelho (risco alto). Os dados são alimentados diariamente e a bandeira é divulgada uma vez por semana, indicando com e pontuação dos indicadores.

“Nunca fomos levianos nas nossas decisões, pelo contrário, todas as medidas foram fundamentadas pela ciência e pela epidemiologia. Digo mais uma vez que essa foi uma decisão muito acertada”, disse Márcia.

A pontuação deste painel foi o balizador para Comitê de Técnica e de Ética Médica durante toda a pandemia, segundo explica o epidemiologista da secretaria, Diego Spinoza.

“São indicadores que mostram a realidade da cidade e, que possibilitam projetar o cenário futuro e assim orientar a tomada de decisões sustentadas por critérios claros e acessíveis, que se mostraram compreendidos pela população que sempre aderiu em grande maioria as medidas”, afirmou Spinoza.

O painel é composto por nove indicadores divididos em dois grupos, propagação da doença e capacidade de atendimento do serviço de saúde, grupo de maior  peso na pontuação final.

Níveis de alerta

Cada nível de cor corresponde às medidas que devem ser adotadas pelo Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social, mais restritivas ou menos.

•    Amarela: nível 1 – sinal de alerta constante e demonstra que a situação está fora da normalidade. Nesse estágio, todos os estabelecimentos que estiverem funcionando devem adotar as medidas de precaução anunciadas e orientadas, cumprir todas as orientações do protocolo de responsabilidade sanitária e social.

•    Laranja: nível 2 – risco médio de alerta, onde haverá restrições a funcionamento de serviços e do comércio e áreas que propiciam a aglomeração de pessoas.

•    Vermelha: nível 3 – risco alto e de alerta total, havendo restrição à circulação de pessoas, permitindo apenas o funcionamento dos serviços essenciais.

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