Rumo ao fim de ano

Foto: Reprodução

Por Édelis Martinazzo Dallagnol

Dezembro chegando, é hora do balanço anual: qual foi o resultado?
Para o mundo, nada bom. Reviravolta no Afeganistão (desde os anos 70, aquele país vive convulsões sociais, começando com a invasão russa de Kruchov), voltando ao pavoroso regresso social do Taliban. Queimadas e grandes incêndios em Portugal, Espanha, Estados Unidos, Austrália, Brasil, etc. Enchentes catastróficas na Alemanha, Índia, etc. Várias revoluções no norte da África, queda de aviões, submarinos desaparecidos, retorno do ebola na África e, principalmente, o coronavírus que resiste ao tempo e a todos os esforços médicos, científicos e políticos. Neste momento, há sérios indícios de que, a partir da Europa, iniciou-se uma nova onda desta nefasta e pavorosa pandemia… Há muitas outras doenças incomodando a humanidade (gripes, lepra, câncer, etc.), mas que, diante do Covid, perderam expressão e sequer são divulgadas.
Pior que isso, há uma outra “pandemia”: a “pandemia climática”. Os sintomas já se fazem presentes e os perigos são eminentemente grandes, desastrosos… O aquecimento global já bate às portas: derretimento das calotas polares, aumento do nível dos oceanos, secas prolongadas até em regiões de matas, chuvas exageradas e a destempo em muitas regiões, e as temperaturas que estão ficando mais altas… A par disso, ameaças climáticas sérias. Cientistas estão prevendo catástrofes inimagináveis atingindo a Ásia, especialmente o Japão. Yellowstone é uma bomba pronta para explodir: detectaram-se verdadeiros rios de lava nas profundezas, e há manifestos sinais císticos aparecendo… Se irromper vulcão ali, milhões de vidas serão seriamente afetadas, porque boa parte dos EUA e do Canadá desaparecerá coberta pelas cinzas e essa região produtora de grãos dos EUA e do Canadá ficará estéril por mais de 10 anos — quase um “fim de mundo” por lá.
Amigo leitor, como está seu “balanço pessoal” de fim de mais um ano? Positivo? Nem tanto? Por quê?
Desemprego, falta de dinheiro em caixa, luta pelo pão diário… Não ouviu que “dinheiro não traz felicidade”? Até pode ser; mas fica difícil acreditar que seja feliz quem busca trabalho de todas as formas e vê seus filhinhos passando privações, até fome… Precisamos entender melhor aquele ditado… Problemas de saúde também contribuem para um saldo negativo. Sem falar em perdas prematuras de vidas ou família, doenças e outras limitações físicas decorrentes de acidentes que pesam negativamente… Cada um, cada família tem uma avaliação para tais situações… Para alguns, “a vida terminou”, ou perdeu a graça, o sentido… Para outros, é só mais um dos tantos desafios que a vida proporciona, e será vencido.
Este balanço anual pode não favorecer… Então, vale o conselho: olhar para frente. Está chegando o novo ano e, com ele, novas oportunidades. Se todo dia é dia de recomeçar, que dirá quando vira o ano! Abre-se um novo capítulo inteiramente novo. Como bem dizia Gonzaguinha: “…a vida devia ser bem melhor,/e será!/Mas isso não impede/que eu repita:/é bonita,/é bonita/e é bonita!”.

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