Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida.
Matéria passada, falamos de forma abrangente do quarteto fantástico (hormônios da felicidade), serotonina, dopamina, endorfina e ocitocina. Agora daremos um foco mais individual para cada um deles. E começaremos pela ocitocina, responsável pela “fórmula do amor”.
A ocitocina é um hormônio produzido no cérebro (mas diretamente relacionado às “coisas do coração”), que é liberado pelo hipotálamo e armazenado pela glândula pituitária cerebral até ser liberado na corrente sanguínea, que tem papel importante tanto no homem, mas especialmente na mulher, pois ele é responsável por aumentar as contrações uterinas durante o parto e na amamentação. Tem papel fundamental para a melhora do humor, da interação social, diminuição da ansiedade e aumento da ligação entre parceiros. Por isso é conhecido como hormônio do amor.
No homem, a ocitocina também tem importantes funções, como intensificar a ereção e favorecer a ejaculação. Além disso, a ocitocina no homem pode ter efeitos na melhoria das relações íntimas, na socialização e na diminuição dos níveis de estresse. Este hormônio é capaz ainda de diminuir a agressividade, deixando-o mais amável, generoso e social, embora sua atuação seja muitas vezes bloqueada pela ação da testosterona. E quando isso ocorre, a quantidade de ocitocina pode ficar diminuída, devido à produção excessiva de testosterona. Nesses casos, as funções da ocitocina ficam prejudicadas e deve ser aconselhado realizar atividades que aumentem a sensação de prazer e bem estar, como atividades físicas, contato com a natureza, socialização com amigos ou desenvolver um hobby.
Principais funções da ocitocina:
- Regular a resposta emocional – ajuda a regular a resposta emocional e os comportamentos sociais, como confiança e empatia, e a consolidar memórias positivas. Além disso, a ocitocina está envolvida no processamento de sinais e comunicação positiva, o que pode diminuir a agressividade, garantindo um comportamento social mais adequado.
- Melhorar as relações íntimas – especialmente no homem ajuda a melhorar as relações íntimas e o afeto, facilitando o apego e a confiança entre os parceiros. Esse hormônio é liberado em maior quantidade quando se está próximo ao parceiro e no início do relacionamento.
- Regular a produção de outros hormônios – é capaz de estimular a produção de outros hormônios, como o do crescimento, que ajuda a manter o metabolismo do corpo, e a testosterona, que é o hormônio masculino responsável por manter a fertilidade, o desejo sexual, os níveis de energia física e mental, a força muscular e a sensação de bem estar geral. Além disso, ajuda a reduzir a liberação do cortisol no corpo, que é um hormônio que tem os níveis aumentados em situações de estresse e que quando está alterado por muito tempo pode resultar em problemas inflamatórios crônicos. E inflamação crônica prejudica a capacidade de reação do organismo contra patógenos. Por isso mesmo, indiretamente, a ocitocina tem um importante papel regulador do Sistema Imunológico.
- Melhorar as relações sociais – tem papel na melhora do convívio social, na percepção das expressões emocionais e sensibilidade, portanto, este hormônio parece ter efeitos positivos para ajudar no tratamento de pacientes com autismo e esquizofrenia.
- Ajudar a combater a depressão e ansiedade – Ela pode adequar a expressão das emoções, diminuindo a sensação de estresse, além de melhorar o humor e o convívio com as pessoas, podendo, em alguns casos, auxiliar o tratamento de pessoas com depressão, ansiedade intensa e com fobia social.
- Aumentar o prazer no contato íntimo – tem função na melhora da libido e do desempenho sexual, agindo em conjunto com a testosterona, no homem, e a progesterona, na mulher, para a melhora do prazer e do interesse no contato íntimo, além de facilitar a lubrificação vaginal e o alcance do orgasmo. O contato físico, não somente sexual, mas também através de abraços e carinhos são formas de aumentar a ocitocina.
- Facilitar o parto – Devido a sua estimulação para a contração do útero, de forma ritmada, ela ajuda o trabalho de parto.
- Auxiliar a amamentação – Devido ao estímulo de sucção do bebê facilita a amamentação e a ligação entre mãe e filho.
- Intensificar a ereção – é responsável por estimular e intensificar as ereções, por agir diretamente nos corpos cavernosos do pênis. É capaz também de controlar o desejo sexual.
- Favorecer a ejaculação – Durante a ejaculação, uma grande quantidade de ocitocina é liberada pelo cérebro para a corrente sanguínea, estimulando as contrações dos túbulos seminíferos, onde ocorre a produção de espermatozoides, e do epidídimo, que é responsável por armazenar os espermatozoides produzidos, auxiliando na liberação do esperma. Além disso, a ocitocina também estimula a contração da próstata, garantindo que o sêmen seja pressionado com força na uretra e, em seguida, expelido para fora durante a ejaculação. A ocitocina também age estimulando a próstata a produzir o líquido seminal, que ajuda a transportar os espermatozoides para fora do corpo, facilitando a ejaculação.
- Regular o crescimento da próstata – Estimula a multiplicação das células da próstata.
E como aumentar a ocitocina? Algumas formas que podem ajudar são:
- Ter contato físico, na forma de abraços, carinhos ou massagem;
- Realizar atividades que proporcionem prazer, como um hobby ou encontrar com amigos;
- Fazer atividades físicas que proporcionem interação ou relaxamento;
- Escutar músicas e leituras que estimulem o relaxamento;
- Estar em contato com a natureza;
- Ter um animal de estimação;
- Ter uma dieta equilibrada, à base de legumes, frutas e verduras frescos e alimentos ricos em vitamina C e taurina, como laranja, acerola, peixes, nozes ou feijão.
A falta de ocitocina pode resultar em dores musculares, alterações no sono, diminuição do desejo sexual e variações do humor.
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