Quase metade dos cães dos lares curitibanos são vira-latas

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Foto: Pedro Ribas/SMCS

Os animais sem-raça-definida (SRDs), popularmente conhecidos como vira-latas, são os favoritos dos tutores brasileiros. É o que aponta o levantamento feito por uma empresa especializada no mercado de pet sitters (babás de pets), que tem em seu cadastro predominância de SRDs entre cães e gatos

Curitiba segue a tendência do país, segundo a Rede de Proteção Animal da cidade. Os SRDs são 47% dos cães dos lares curitibanos.

O dado é do Sistema de Identificação Animal (SIA), que tem o cadastro dos pets da cidade, com base nas informações dos microchips implantados nos bichinhos. De acordo com o diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Evaristo, essa é uma estatística favorável para a cidade.

“Infelizmente ainda há muitos animais nas ruas e a maior presença dos vira-latas nos lares curitibanos indica que estamos no caminho certo na sensibilização da população quanto a práticas de adoção de animais abandonados e guarda-responsável”, diz.

São 191,2 mil cães cadastrados no SIA e os vira-latas são mais de 90 mil. Em segundo lugar na preferência dos curitibanos aparece o lhasa apso, com 9,2 mil animais cadastrados, seguidos pelos quase 8 mil shih-tzus, 6,5 mil pinschers e 4,6 mil poodles.

No Brasil, o vira-lata aparece com 40% da popularidade, seguido dos shih tzus (12%) e dos yorkshires terrier (5%).

Vantagens

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, do Instituto Brasileio de Geografia e Estatística (IBGE), de 2019, na Região Sul, 57,4% dos domicílios possuem cães. “Esse número não é à toa”, pondera Evaristo. “A presença de pets em casa tem influência sobre o bem-estar das pessoas e das famílias”, completa.

Durante os piores momentos da pandemia, muitas pessoas optaram pela companhia de um bichinho. Para aliviar um pouco o sofrimento e deixar o dia a dia mais leve, adotar um pet é um caminho, segundo a psicóloga Ticianne Frega, da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba. Os bichinhos possuem uma sensibilidade apurada, segundo ela.

“Os animais são capazes de detectar o humor dos donos, bem como se conectar de forma a ampará-los nos momentos de dificuldades”, explica. “Eles auxiliam a manter o senso de rotina e promovem um contato mais aproximado, fortalecendo laço e vínculo, tornando-se, por vezes, agentes de proteção à saúde mental”, acredita.

Quando esse animal vem de uma adoção – e provavelmente é um SRD – o amor vem em dobro. “Ao adotarmos, ganhamos o dobro em carinho e reconhecimento”, avalia a psicóloga, também entusiasta da Causa Animal.

Como adotar?

O Centro de Referência para Animais em Situação de Risco (Crar) funciona como um centro de adoção permanente. Lá estão os animais resgatados de situações de maus-tratos e os que vivem sem tutores vítimas de atropelamento. Os animais aptos para adoção são todos castrados, vacinados, desverminados e microchipados, prontos para receber os dados do novo tutor.

No site da Rede de Proteção Animal e em sua página no Facebook, é possível ver as fotos de alguns animais e veterinários da Rede estão disponíveis, diariamente, para orientar processos de adoção.

O Centro funciona todos os dias, das 9h às 12h e das 13h30 às 15h30, na Rua Lodovico Kaminski, 1.381, CIC. O agendamento para conhecer os animais pode ser feito pelo telefone 41 99963-0233.

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