O que é Treinamento Funcional?

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Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida.

“Toda parte do corpo se tornará sadia, bem desenvolvida e com envelhecimento lento se exercitadas; no entanto, se não forem exercitadas, tais partes se tornarão suscetíveis a doenças, deficientes no crescimento e envelhecerão precocemente.” (Hipócrates)

Veio como uma febre, jogada pela indústria do fitness, e se fixou no vocabulário popular e até de profissionais da preparação física. Mas a verdade é que esse modelo de treinamento já é muito antigo e conhecido de muitos atletas. Considerado como um excelente sistema de treinamento para se chegar à qualidade muscular, pois possibilita inúmeras variações de exercícios e movimentos corporais que desenvolvem força, flexibilidade, equilíbrio, estabilidade do core e mobilidade, utilizando poucos materiais. Também chamado de cross training ou treinamento cruzado, por se utilizar de diferentes combinações de métodos e movimentos que utilizam tanto o próprio corpo quanto alguns implementos e/ou acessórios mais simples, que não requerem equipamentos sofisticados. O Treinamento Funcional prioriza movimentos chamados naturais, ou seja, aqueles que estão presente (ou deveriam estar) na realização das tarefas do cotidiano. Gestos motores como agachar, levantar, andar, correr, saltar, pular, chutar, socar, subir e descer, alcançar, agarrar, arremessar, puxar, empurrar, girar, equilibrar… marcam presença obrigatória numa sessão completa de treinamento funcional.

Esse modelo de treinamento não é uma novidade, afinal a funcionalidade corporal do ser humano foi uma questão de sobrevivência. Desde tempos imemoriais, no princípio da nossa evolução, a caça, coleta, fuga, perseguição e até mesmo defesas, dependiam destes movimentos.
Seguindo a linha histórica, na mitologia grega é observada a importância de uma plena funcionalidade para sucesso de desafios propostos, como “Os doze trabalhos de Hércules.” Na Grécia Antiga ainda encontramos os Jogos Olímpicos: para melhoria da performance (rendimento) os atletas gregos desenvolveram equipamentos e métodos de treinamento específicos para superação de resultados. Esta prática, também foi aplicada na Roma Antiga, entre os gladiadores e ainda na preparação para os guerreiros em todos os cantos do mundo. E atletas de diferentes modalidades sempre fizeram uso desse recurso para preparação física e aprimoramento das suas capacidades relacionadas à performance.

Na atualidade o treinamento funcional, mantém a sua essência como um treinamento físico, com a premissa básica de melhoria da aptidão física relacionada à saúde ou melhoria da aptidão física relacionada à performance e prevenção de lesões musculoesqueléticas. Tem como característica realizar a convergência das capacidades biomotoras fundamentais do ser humano, para produção de movimentos mais eficientes. A vantagem deste sistema de treinamento é a de atender tanto o indivíduo mais condicionado como o menos condicionado, de maior ou menor idade, criando um ambiente dinâmico de treino. Esta modalidade de exercícios ainda tira o praticante dos movimentos mecanicamente programados em eixos e planos definidos ou isolados, com programas mais ou menos engessados, como pode acontecer na musculação. E, por isso mesmo, virou uma alternativa para quem está cansado dos exercícios mais tradicionais realizados em equipamentos. Mas, cuidado! Funcional não é invencionismo muito menos malabarismo de circo!

Portanto, ao movimentar nosso corpo, devemos pensar que ele é um sistema interligado. Cada músculo tem receptores para avaliar as posições relativas ao espaço e a todo o equilíbrio corporal. Eles estarão em comunicação, interligando informações para tentar produzir um dado movimento. Isso acontece desde que todos os sistemas funcionem em harmonia para as exigências corporais deste ou daquele gesto motor.

Além de reforçar a musculatura mais profunda (a do CORE), indispensável para uma adequada estruturação e manutenção das posturas dinâmicas (em movimento) e estáticas (paradas), que diariamente são solicitadas. Postura essa que está diretamente relacionada ao perfeito e harmonioso equilíbrio das diferentes forças que atuam e transitam, a todo o momento, sobre o nosso corpo. E, para isso, damos o nome de Tensegridade Corporal (falaremos mais sobre ela em outra oportunamente). E tudo isso contribui sobremaneira na prevenção de lesões.

AFINAL… A SAÚDE É O MAIS IMPORTANTE!

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