Pessoas em situação de rua fazem curso de informática e de pizzaiolo em Curitiba

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Foto: Sandra Lima

Pessoas em situação de rua atendidas pela Fundação de Ação Social (FAS) estão fazendo aulas de informática. A ação faz parte do programa Erga-se lançado pela fundação no dia 1º de agosto para promover o desenvolvimento comportamental e a qualificação profissional dessa população.

As aulas são realizadas no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), no Centro. Até sexta-feira, o grupo vai ter noções gerais sobre aplicativos básicos de informática, com foco nos recursos do Microsoft Office, como Word, PowerPoint, Paint, Excel e Calculadora.

O Erga-se propõe um percurso de aprendizados para as pessoas que participam. Na primeira semana, a grupo se reuniu em oficinas de outro programa da FAS, o Mobiliza, que promove ações para a busca de habilidades. Na semana que vem, os mesmos participantes farão o curso de Preparo de Pizzas, também ofertado no Senac.

O percurso será finalizado com uma formatura, com direito a certificado emitido pelo Portal Aprendere, que reúne informações sobre cursos ofertados gratuitamente pela Prefeitura de Curitiba.

“Este curso visa à inclusão das pessoas em situação de rua no mundo do trabalho. Durante as três semanas de atividades queremos que os participantes desenvolvam habilidades que os tornem preparados e empregáveis”, explica a presidente da FAS, Maria Alice Erthal.

Em busca de emprego

Mesmo com conhecimento em informática básica, Felipe Farias Júnior, 32 anos, está animado com as aulas de inclusão digital e por participar do programa. “Meu maior interesse é no curso de pizzaiolo, porque eu espero arrumar um emprego”, explicou o rapaz. Ele já foi atendido pela FAS em outras ocasiões, há cinco meses está acolhido na Casa de Passagem Padre Pio e é acompanhado pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), na Praça Solidariedade, Rebouças.

Felipe conta que já fez outros cursos, como de garçom, barman, auxiliar de cozinha e de cobrador de ônibus, e chegou a trabalhar em restaurantes. “O que eu adoro é trabalhar com cozinha.”

Marcello Henrique Dutra Beguetto, 29 anos, também está motivado e confiante que terá um novo emprego como pizzaiolo, depois de concluir o Erga-se. O rapaz que ficou em situação de rua em dezembro de 2021 e é acolhido pela FAS há sete meses, conta que já fez o curso de Gastronomia Contemporânea em uma tradicional escola de profissões da cidade, depois de receber uma bolsa de estudo, mas que uma depressão o fez sair de casa e ficar desabrigado.

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