O Diabetes e o Exercício Físico

Reprodução internet

Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida.

O Diabetes Mellitus (DM) é considerado um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, e tem sido intensamente investigada por especialistas da área da saúde. Entre as várias formas de prevenção e tratamento do DM, tem-se dado máxima relevância à prática regular da atividade corporal e orientada do exercício físico, devido aos bons resultados e ao baixo custo. Contudo, para obter os benefícios desse tipo de intervenção, é fundamental a orientação adequada de um profissional de Educação Física capacitado.

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) relata, em suas diretrizes mais recentes (2016), que o Diabetes Mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia, resultada de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambas. Trata-se de uma patologia crônico-degenerativa (sem cura) que exige um tratamento contínuo, além da necessidade do paciente ser cuidado e educado por equipe interdisciplinar, incluindo o processo de automonitoramento frequente.

Diabetes m28ellitus (https://diabetes.org.br/) é uma síndrome endócrino-metabólica de causa/origem múltipla (genético, biológico e ambiental) decorrente da falta (defeitos na secreção pelo pâncreas) e/ou incapacidade (ação) da insulina em exercer adequadamente seus efeitos, resultando em hiperglicemia crônica (taxa elevada de açúcar no sangue e até na urina). A glicose é uma fonte de energia para o organismo, obtida pelos alimentos e transportada do sangue para dentro das células por um hormônio chamado insulina. O distúrbio ocorre quando o pâncreas deixa de produzir – ou reduz a produção – de insulina28 por um mecanismo autoimune (diabetes tipo1) ou quando a insulina não é capaz de agir de maneira adequada, como se o organismo tivesse uma resistência à sua ação (diabetes tipo2). Na verdade, os gatilhos para o desenvolvimento dessa doença autoimune (tipo1) ainda não são amplamente conhecidos pela medicina. No entanto, o diabetes tipo 2 e o pré-diabetes estão relacionados diretamente ao estilo de vida. Por isso, manter-se no peso ideal é a melhor maneira de evitá-lo.

Determinados fatores de risco podem contribuir para o desenvolvimento do diabetes: pré-diabetes, pressão alta, colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue e sobrepeso – principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura (visceral). Também é preciso estar atento a doenças renais crônicas; mulheres que deram à luz criança com mais de 4 quilos; diabetes gestacional; síndrome de ovários policísticos; diagnóstico de distúrbios psiquiátricos; apneia do sono; uso de medicamentos da classe dos glicocorticoide e pais, irmãos ou parentes próximos com o diabetes.

Apesar de o DM não ter cura definitiva, o cuidado desses indivíduos deve envolver hábitos que podem os proteger das complicações: reeducação alimentar e equilibrada, controle do peso, manter a medicação e atividades físicas – especialmente com exercícios corporais – regulares.

Durante a contração, o músculo produz substâncias hormonais (miocinas) que agem no próprio músculo e em diferentes outros tecidos e órgãos, contribuindo em alterações metabólicas importantes, reduzindo a massa gorda e aumentando a muscular. Uma dessas substâncias é a IRISINA, que transforma a gordura branca (reserva de emergência extrema – não disponível) em gordura marrom (reserva imediata) que é uma molécula altamente energética e prontamente disponível.  Ela ainda reduz a resistência à insulina e melhora a glicemia do sangue. Outra importante miocina é a inteleucina 6 (IL6) responsável pela proteção contra infecções. Ela ainda aumenta os níveis de uma substância produzida no intestino que reduz o apetite (GLP1). Assim uma dosagem ótima (modulação) do exercício corporal também ajuda a reduzir a vontade de comer. Ainda de brinde a IRISINA aumenta a expressão do BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro) que estimula a formação, ativa novos e restaura circuitos cerebrais, melhorando a memória e a cognição. Quer coisa melhor?

Por isso mesmo as principais sociedades médicas, que estudam diabetes, recomendam 150 minutos/semana de exercícios.

Conheça os principais benefícios já comprovados:

  1. Perda de peso: atividades físicas regulares auxiliam no processo de emagrecimento. Ajuda no controle do peso corporal (diminui o percentual de gordura e aumenta a massa magra). Reduz a gordura ao redor dos órgãos, como coração, rins e fígado. Fortalece a musculatura do corpo. Isso vale tanto para exercícios aeróbios (caminhada, corrida, natação, bicicleta etc.) quanto para atividades do tipo musculação (exercícios com pesos). Se puder praticar um pouco de cada um deles, os resultados da perda de peso serão ainda melhores. A combinação de exercícios aeróbios com exercícios com pesos promove mais perda de peso do que quando se realiza apenas um deles.
  2. Melhora da resistência à insulina: pessoas com diabetes tipo 2 apresentam resistência à ação insulina, o que significa que esta não funciona tão bem como deveria no corpo. Ao praticarem exercícios, a insulina passa a funcionar melhor no corpo, pois doses menores dela serão utilizadas. Melhora o aproveitamento da glicose pelos músculos. Esse efeito ocorre mesmo que não ocorra perda de peso com o exercício físico.
  3. Diminuição da pressão arterial: exercícios funcionam como um remédio para pressão alta. Pessoas que se exercitam experimentam uma diminuição dos níveis da pressão sanguínea, um efeito semelhante ao dos medicamentos para hipertensão que seu médico lhe receita. É muito comum o diabetes ocorrer em pessoas com hipertensão, visto que são doenças associadas.
  4. A chance de sofrer infarto ou derrame ao se praticarem exercícios regularmente diminui, reduzindo também a chance de morrer: Previne doenças associadas (alteração na retina, vasos sanguíneos, nervos, rins e coração). Exercícios físicos praticados regularmente se associam até mesmo à redução na incidência de alguns tipos de câncer.
  5. Exercícios funcionam como um poderoso medicamento antidepressivo: Ao se exercitar, o organismo libera uma série de hormônios que melhoram sintomas depressivos e a ansiedade e produzem sensação de bem-estar. Alivia o estresse. Não é à toa que algumas pessoas parecem ficar viciadas em exercícios. Se você tem pré-diabetes, ou seja, se sua glicose está alterada, mas não muito, os exercícios poderão ajudá-lo a evitar que desenvolva diabetes. Diversos estudos que avaliaram pessoas com pré-diabetes comprovaram que a atividade física regular reduz a chance de desenvolver diabetes em 37% a 58%. Esse resultado é muito melhor do que tomar qualquer remédio.

Como você viu, exercícios são poderosos aliados na luta contra o diabetes. Antes de começar uma nova rotina de treinos, procure a orientação de um profissional de educação física.

Muito mais informações sobre esse assunto você pode baixar nesse endereço: https://www.crefsp.gov.br/storage/app/arquivos/516bba8dbe1728d44183c46a20da8698.pdf

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