Frente Parlamentar defende suspensão da licitação dos pedágios no Paraná

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O modelo híbrido iria retirar de R$ 6 bilhões a R$ 9 bilhões da economia do Paraná”, expôs o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD). Créditos: Dálie Felberg/Alep

Documento será encaminhado à equipe de transição do novo Governo, ao Ministério da Infraestrutura e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná vai solicitar a suspensão do processo de licitação do novo programa de concessão de rodovias. O assunto foi tema de reunião entre deputados e técnicos do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), nesta terça-feira (8), em Curitiba.

O coordenador da Frente Parlamentar, deputado Arilson Chiorato (PT), explicou que a mudança do cenário político, com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, permite a revisão do modelo proposto pelo Governo Federal. “A nossa defesa é por um pedágio barato, mas sem deixar de lado o compromisso com a execução de obras”, salientou.

O parlamentar adiantou que um documento com o posicionamento da Frente solicitando a suspensão da licitação será entregue nos próximos dias à equipe de transição do novo Governo, ao Ministério da Infraestrutura e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O texto será redigido com o apoio dos técnicos do ITTI.

Há cerca de 10 dias, o Tribunal de Contas da União (TCU) liberou para licitação os lotes 1 e 2 do novo programa de concessão, que é formado por seis lotes. O TCU autoriza o lançamento dos editais, mas condiciona a publicação ao cumprimento de uma série de correções. “Não queremos este modelo elaborado pela ANTT e pelo Ministério da Infraestrutura”, frisa Chiorato.

Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa defende suspensão da licitação dos pedágios. Créditos: Valdir Amaral

Competitividade

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) ressalta que o TCU também alertou que a licitação da forma como está sendo proposta acarretará em tarifas altas em pouco tempo. “O documento do Tribunal de Contas está muito bem embasado e é claro em apontar esse risco para a economia do Paraná”, observou.

O parlamentar defende a revisão do modelo e a eliminação de gatilhos tarifários como o acréscimo de 40% após a execução das duplicações, os aportes financeiros que reduzem a competitividade do leilão, entre outros pontos. “Defendemos uma licitação limpa e correta, sem subterfúgios ou amarras que possam elevar o preço das tarifas”.

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