Espaço Maker já atendeu mais de 500 crianças em projeto pioneiro da rede municipal de Pinhais

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Inaugurado em 2021, iniciativa implantada em escola pública promove o ensino por meio de recursos tecnológicos e ferramentas digitais

“Eles são da era digital, então tudo chama a atenção. Sendo crianças que não têm o privilégio de ter um computador em casa, acho isso muito importante. O que a prefeitura fez foi uma coisa espetacular, porque ela trouxe o que apenas crianças de escolas particulares teriam e as crianças da rede pública também precisam dessa tecnologia, desse olhar pro futuro”, avalia Camila Henseler, mãe do Gustavo Ferreira da Costa, aluno da EM Aroldo de Freitas que participa das aulas no Espaço Maker, inaugurado em novembro de 2021.

Iniciativa pioneira no Estado do Paraná, o Espaço Maker dispõe de recursos tecnológicos diversificados, ferramentas digitais e suportes disponibilizados em diferentes práticas. O objetivo do projeto é enriquecer e oportunizar a ampliação do conhecimento e o repertório do estudante. Implementado primeiramente na EM Aroldo de Freitas, o projeto é executado em cooperação técnica entre a Prefeitura de Pinhais, o Instituto Federal do Paraná (IFPR) e a empresa Fagundez, que trouxe uma perspectiva diferenciada do ensino, propondo o uso de uma metodologia “mão na massa”. Todas as turmas da escola são atendidas no projeto, desde o Infantil 5 ao 5º ano – somando mais de 500 crianças até o momento, entre crianças da escola e de instituições parceiras.

“Os resultados dos trabalhos e práticas pedagógicas realizadas no espaço indicam uma ação na qual os educandos se colocam como protagonistas de seu processo de aprendizagem, e o contato com recursos tecnológicos diversos amplia seus repertórios, ficando mais envolvidos e atuando de forma participativa e colaborativa, evidenciando o trabalho em grupo, a troca de ideias, tornando assim a construção do conhecimento efetivamente significativa”, explica a diretora do Departamento de Ensino da Secretaria de Educação (Semed), Raquel Simas.

Parte do Plano de Governo da gestão atual, a Semed pretende expandir o projeto, implantando-o gradativamente nas demais unidades de ensino. Em 2023, deverá ser implantado em outras cinco escolas, adaptando e equipando os laboratórios de informática para Espaços Makers de vanguarda.

O Espaço Maker possui salas individualizadas, mas integradas, para desenvolvimento de experimentação científica, criação audiovisual, gamificação, empreendedorismo e inovação tecnológica para permitir que os educandos desenvolvam, construam e compartilhem conhecimento teórico por meio da prática, tomando decisões na construçäo e no desenvolvimento de projetos.

A secretária de Educação, Andrea Franceschini, reforçou o objetivo do espaço quando foi inaugurado, há cerca de um ano e quatro meses. “Maker significa fazer, criar, pensar, discutir, então, este é um espaço onde os educandos mesmos fazem e constroem junto aos professores. Um espaço para as crianças sonharem, realizarem tudo o que imaginarem e que gostem de estar”.

A professora Hellen Canetti Gudina Souza conduz atividades no Espaço Maker da EM Aroldo de Freitas e já conta boas histórias com os alunos. “Temos criado aqui uma nova cultura, pois os educandos estão acostumados a uma sala de aula com giz e quadro. Meu primeiro desafio foi mostrar às crianças que elas poderiam fazer atividades diferentes em espaços diferentes ao mesmo tempo e ao final conseguir trocar ideias. Ao final do ano, essa foi uma grande conquista. As criações realizadas superam a expectativa de quando imaginamos a atividade”, pontua.

Robótica Pinhais

Diferente de outras instâncias da Educação, que estabelecem a robótica apenas no ensino médio ou graduação, Pinhais inova mais uma vez, iniciando o Programa Robótica Pinhais com o atendimento a crianças a partir dos quatro anos de idade e anos iniciais do ensino fundamental. A iniciativa foi lançada no dia 14 de março deste ano pela Prefeitura de Pinhais, que investiu inicialmente mais de R$ 1,7 milhão.

“O trabalho pedagógico com robótica educacional contempla e complementa o princípio do Espaço Maker, tendo como objetivo despertar e desenvolver nos educandos o pensamento  científico de forma contextualizada, interdisciplinar, simples, divertida e atrativa, com base na resolução de problemas do cotidiano e na exploração de dispositivos tecnológicos”, destaca Raquel Simas.

A proposta já está presente na rotina de Gustavo. O filho da Camila Henseler é exemplo do que chegará a todas as crianças da rede a partir de agora. “Achei maravilhosa a proposta do ensino de robótica. Esse foi um dos maiores interesses dele quando foi inaugurado o Espaço Maker, a parte dos eletrônicos. Acho essencial isso. Essa parte de robótica você só encontra, de certo modo, em colégios particulares, e as crianças da rede pública terem essa aula, essa imaginação, isso ensina muitas coisas pra eles”, enfatiza.

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