A apresentação “O Tango: do clássico ao contemporâneo” conduziu a plateia por uma viagem no tempo por meio da dança de origem argentina. Na noite desta sexta-feira (5/5), os músicos e bailarinos do espetáculo, prestigiado pelo prefeito Rafael Greca e pela primeira-dama Margarita Sansone, coloriram o palco do auditório Regina Casillo, no centro da cidade.
O espetáculo contou com os músicos Martín Mirol, Victor Gabriel Castro, Rafael Rodrigues, Marcus Ribeiro, Dan Tolomony, Vitor Andrade, Jader Cruz e Davi Sartori, e os bailarinos Nina Rodrigues e Julian Cazuni. Os arranjos são de Rafael Rodrigues e Martín Mirol; a direção musical e artística, de Rafael Rodrigues; a direção executiva e produção de Josnel Garcia de Carvalho; e a coordenação de Nina Rodrigues.
“É com grande alegria que vejo nascer a Orquestra Paranaense de Tango. Amamos o tango, amamos a Argentina, e esta orquesta é uma expressão do Mercosul cultural ”, comentou o prefeito.
O programa foi eclético, incluindo os compositores Astor Piazzolla, Rosita Melo e Carlos di Sarli. O prefeito e a primeira-dama estavam acompanhados do cônsul da Argentina, Eduardo Leone, da presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e de Ana Cristina de Castro. “O tango não é só argentino, ele nasceu argentino, de origens humildes, e chegou a todo o mundo”, pontuou o cônsul.
Flexibilidade e precisão
O tango nasceu no final do século XIX, como expressão folclórica dos moradores dos subúrbios de Buenos Aires, a partir de influências musicais de imigrantes italianos e espanhóis, dos crioulos descendentes dos conquistadores espanhóis que já habitavam os pampas, além de batuques trazidos pelas culturas africanas. Há indícios históricos de influência da habanera cubana e do tango andaluz.
Numa fase inicial, era puramente dançante. O povo se encarregava de improvisar algumas letras. Com o passar do tempo, o tango se tornou uma dança tipicamente praticada nos bordéis, especialmente depois que a industrialização transformou as áreas dos subúrbios em fábricas.
Por volta de 1910, o tango foi levado para Paris e a partir daí ganhou o mundo. Entre seus expoentes estão Carlos Gardel e Astor Piazzolla.
Depois do sucesso de Gardel, nas décadas de 1920 e 1930, o compositor argentino Astor Piazzolla ganhou destaque, na década de 1950. Piazzolla rompeu com o tradicional e complementou o tango com influências de Bach e Stravinsky por um lado e, por outro, do jazz.
