Epigenética, Comportamento, Saúde e Qualidade de Vida.

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Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida.

 

“Sua genética é a arma, mas é você quem puxa o gatilho!”

No artigo anterior fizemos uma introdução no tema que está agitando a biologia nos últimos anos, a epigenética. Área de estudo que relaciona o comportamento humano às alterações na estrutura do DNA, nos marcadores químicos que ficam ligados a ele e às proteínas que o envolvem, que podem afetar a expressão gênica, ou seja, a forma como os genes são ativados ou desativados, mas sem alterar a sequência do código genético. Já se sabe que o estilo e/ou modo de vida que se leva (comportamento humano) pode influenciar a epigenética de diferentes maneiras. Embora a sequência de DNA de uma pessoa seja fixa ao longo da vida, as marcações epigenéticas podem ser alteradas por fatores ambientais e comportamentais.

Já abordamos no artigo passado e complementamos agora que o estresse, a dieta, o movimento corporal, o sono, diferentes tipos de toxina, experiências sociais e emocionais (relacionamentos), o meio ambiente em que vivemos (sociedade), interferem positivamente ou negativamente na epigenética. Resumindo: nosso comportamento pode fazer toda a diferença para potencializar ou minimizar cargas genéticas.

O comportamento refere-se às ações, reações, atitudes e condutas observáveis de um organismo em resposta a estímulos internos ou externos. É o modo pelo qual as pessoas e outros seres vivos se expressam e interagem com o ambiente ao seu redor. O comportamento é influenciado por uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais, e pode ser modificado ao longo do tempo através de aprendizado, experiência e influências ambientais.

É importante destacar, portanto, que a influência do comportamento humano na epigenética ainda é um campo de pesquisa em evolução, e os mecanismos exatos pelos quais isso ocorre ainda estão sendo investigados. No entanto, está cada vez mais claro que nossas escolhas e experiências podem deixar uma marca epigenética em nosso DNA, potencialmente afetando a nossa, e de gerações futuras, saúde e bem-estar. Pois ela, a epigenética, desempenha um papel fundamental na saúde e na qualidade de vida. As modificações epigenéticas podem afetar a expressão gênica e influenciar uma variedade de processos biológicos que estão relacionados a doenças e bem-estar. Por exemplo:

Desenvolvimento e crescimento: Durante o desenvolvimento embrionário, as marcações epigenéticas desempenham um papel crucial na regulação da expressão gênica, direcionando a diferenciação celular e a formação de órgãos e tecidos. Alterações inadequadas nas marcações epigenéticas podem levar a defeitos congênitos e distúrbios no desenvolvimento do embrião ou do feto.

Doenças complexas: A epigenética está envolvida na suscetibilidade e progressão de várias doenças complexas, como doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e distúrbios neuropsiquiátricos. As alterações epigenéticas podem influenciar a expressão de genes relacionados a processos metabólicos, inflamatórios, imunológicos e de crescimento e reparo celular, desempenhando um papel na patogênese dessas condições.

Envelhecimento: À medida que envelhecemos, ocorrem mudanças epigenéticas naturais em nosso genoma. Essas mudanças podem contribuir para o envelhecimento e o declínio da saúde. Além disso, fatores ambientais e comportamentais ao longo da vida podem afetar a epigenética e influenciar o envelhecimento saudável.

Resposta ao ambiente: Como já reportado, a epigenética é altamente responsiva ao ambiente. Fatores ambientais como lugares, dieta, exercícios físicos, estresse, sono, exposição a toxinas e interações sociais, podem modificar as marcações epigenéticas e influenciar a expressão gênica. Isso significa que nossas escolhas de estilo de vida e o ambiente em que vivemos podem ter um impacto direto na nossa saúde e bem-estar por meio de mecanismos epigenéticos.

Potencial terapêutico: O conhecimento da epigenética tem o potencial de abrir novas estratégias terapêuticas. A compreensão das alterações epigenéticas associadas a certas doenças pode ajudar a identificar alvos terapêuticos e desenvolver tratamentos mais personalizados. Além disso, intervenções epigenéticas, como medicamentos que modulam a metilação do DNA ou as modificações das histonas, estão sendo investigadas como abordagens terapêuticas promissoras.

Por tudo isso, fica muito claro que a mudança de comportamento está intimamente relacionada à saúde e à qualidade de vida. Nossos comportamentos diários têm um impacto significativo em nossa saúde física, mental e emocional.

O comportamento humano é extremamente complexo e abrange uma ampla gama de expressões, incluindo comportamentos cognitivos (pensamentos, memória, percepção), comportamentos emocionais (alegria, tristeza, raiva), comportamentos sociais (interações com outras pessoas), comportamentos motoros (movimentos físicos) e muito mais. Ele pode ser observado e descrito em termos de suas manifestações externas, mas também é influenciado por processos internos, como crenças, desejos, motivações e processos mentais. Compreender e analisar o comportamento são essenciais para entender as motivações, as interações sociais, os processos cognitivos e emocionais e, em última instância, a natureza humana.

Vamos reforçar algumas maneiras pelas quais a mudança de comportamento pode influenciar diretamente a nossa saúde e a qualidade de vida, interferindo positivamente na epigenética:

Estilo de vida saudável: A adoção de comportamentos saudáveis, como uma dieta equilibrada, exercícios físicos regulares, não fumar, evitar o consumo excessivo de álcool e obter sono adequado, pode melhorar a saúde geral. Essas mudanças comportamentais estão associadas a um menor risco de doenças crônicas, como doenças cardíacas, diabetes tipo 2, obesidade e certos tipos de câncer.

Bem-estar mental: Certos comportamentos podem promover o bem-estar mental e emocional. A prática de técnicas de gerenciamento do estresse, como a meditação e o relaxamento, pode ajudar a reduzir a ansiedade e a depressão. A busca por relacionamentos saudáveis e o apoio social também desempenham um papel importante na saúde mental.

Prevenção de doenças: Mudanças comportamentais podem ajudar na prevenção de doenças. Por exemplo, a vacinação regular, a adoção de práticas seguras de higiene e o uso de medidas de proteção, como o uso de preservativos, podem reduzir o risco de infecções. Além disso, a realização de exames de rotina, como mamografias e exames de sangue, e a participação em programas de rastreamento podem ajudar a detectar doenças precocemente, aumentando as chances de tratamento eficaz.

Qualidade de vida: A adoção de comportamentos saudáveis pode melhorar a qualidade de vida de várias maneiras. Uma boa saúde física nos permite ter mais energia e desfrutar de atividades diárias. Uma saúde mental e emocional equilibrada nos permite enfrentar os desafios de forma mais eficaz e desfrutar de relacionamentos satisfatórios. Além disso, comportamentos saudáveis ​​também podem melhorar a autoestima e a autoconfiança.

Longevidade: A mudança de comportamento pode contribuir para uma vida mais longa e saudável. Estudos mostram que a adoção de um estilo de vida saudável, incluindo dieta adequada, atividade física regular e evitar comportamentos de risco, pode aumentar a expectativa de vida.

É importante ressaltar que a mudança de comportamento pode ser desafiadora, exigindo um propósito maior, motivação, comprometimento, autodisciplina e suporte adequado. No entanto, os benefícios para a saúde e a qualidade de vida são significativos e vale a pena investir em mudanças positivas no comportamento para desenvolver atitudes mais saudáveis. Isso tudo trará benefícios epigenéticos.

Em resumo, a epigenética desempenha um papel crucial na saúde e na qualidade de vida, pois influencia a expressão gênica e está envolvida em processos biológicos relacionados a doenças e bem-estar. Compreender e manipular as alterações epigenéticas pode fornecer insights valiosos para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, além de promover um envelhecimento saudável.

Na maioria das pessoas os genes são capazes de proporcionar muita saúde e vitalidade, naturalmente. A decisão de ficar procedendo de modo incorreto, epigeneticamente, é toda sua!

AFINAL… A SAÚDE É O MAIS IMPORTANTE!

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