Saúde vai instalar armadilhas para capturar e analisar mosquitos transmissores da dengue em Curitiba

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Foto: Hully Paiva/SMCS

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) vai inovar na estratégia de combate ao mosquito transmissor da dengue em Curitiba: 650 armadilhas começam a ser espalhadas pela cidade a partir desta segunda-feira (18/12).

O objetivo é capturar os insetos e analisar se eles carregam ou não o vírus transmissor da dengue, além de zika e chikungunya. A novidade amplia a capacidade de monitoramento do mosquito Aedes aegypti.

“O combate à dengue não se faz só com trabalho, mas com inteligência. É uma evolução na nossa estratégia. Estamos preparados, mas precisamos do envolvimento de todos no controle”, disse a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella, sobre o alerta de risco de epidemia de dengue para 2024.

A secretária participou de um encontro na sexta-feira (15/12) com cerca de 250 profissionais da área, entre gestores, técnicos, agentes comunitários de saúde, agentes de endemias e biólogos, em um auditório do centro universitário Unibrasil, no Tarumã.

Mosquitrap

As armadilhas são chamadas de ‘mosquitraps’, recipientes com água e atrativos sintéticos para as fêmeas grávidas dos insetos, além de um adesivo para a captura delas. Os exemplares serão enviados para análise de possível contaminação.

“Isso traz uma qualificação do nosso monitoramento para podermos incrementar as estratégias de combate ao mosquito”, observou a coordenadora do programa municipal de controle do Aedes, Tatiana Faraco.

As armadilhas serão instaladas em casas situadas em regiões com maior incidência do mosquito Aedes aegypti, segundo o mapa de monitoramento da SMS, que também utiliza drones nas vistorias e realiza mutirões de limpeza com a ajuda dos moradores.

As outras áreas de Curitiba seguirão monitoradas por ovitrampas, armadilhas construídas em vaso de planta com água, que fica posicionado em um local ao ar livre e simula o ambiente perfeito para a procriação do inseto, de onde os ovos dele são retirados para análise.

Liraa

O segundo Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) de 2023, feito pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde, mostrou que Curitiba está com índice de infestação pelo mosquito da dengue de 0,1%.

O índice é bem abaixo de 1%, o indicador a partir do qual os municípios devem entrar em alerta para a infestação do mosquito. Segundo o Ministério da Saúde, para se ter o melhor controle do Aedes aegypti, o indicador deve ser sempre de no máximo 1%.

Entre 1% e 3,99%, o município entra em alerta para infestação pelo mosquito. E acima de 3,99%, o município é considerado com alto índice de infestação pelo Aedes aegypti.

Curitiba sempre manteve o seu Índice de Infestação Predial (IIP) do LIRAa abaixo de 1%. No último levantamento, realizado em abril deste ano, o IIP subiu um pouco e marcou 0,5% – ou seja, ainda assim 50% abaixo do máximo aceitável.

Casos

Em 2023, até 30 de novembro, foram identificados 822 focos do mosquito transmissor da dengue. Nesse período, a SMS registrou 612 casos – 31 deles autóctones, ou seja, que contraíram a doença em Curitiba.

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