Obras preparam Curitiba para enfrentar as mudanças climáticas

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Prefeito Rafael Greca vistoria obras da bacia de contenção de cheias, no terminal do Boqueirão. Curitiba, 10/01/2023. Foto: José Fernando Ogura/SMCS.

Com investimentos e obras, Curitiba Contra Cheias prepara a cidade para enfrentar as mudanças climáticas

Diante da intensificação das mudanças climáticas no planeta e um de seus impactos, os eventos chuvosos gradativamente mais severos, a Prefeitura intensifica o trabalho para manter Curitiba resiliente em casos de enchentes, alagamentos e danos à infraestrutura da cidade.

Ao longo de 2023, foram reforçadas as ações para construção e manutenção das estruturas necessárias para minimizar os efeitos das grandes ondas de chuva na cidade, que é atravessada por diversos rios e córregos, o que a torna mais suscetível a tais ocorrências.

“Em busca de tornar Curitiba mais resistente, investimos em intervenções e serviços de manutenção que minimizem os impactos das chuvas, fortalecendo a capacidade de extravasamento de rios e córregos e também mantemos em ordem pontes e passarelas para o acesso seguro dos cidadãos” diz o prefeito Rafael Greca.

O Departamento de Pontes e Drenagem, da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop), tem sido um dos pilares nas iniciativas da capital para enfrentar as chuvas intensas.

Além das obras de macrodrenagem, o Departamento atua de maneira contínua e sistemática na manutenção, adaptação e adequação das estruturas que coletam e distribuem as águas pluviais para viabilizar seu correto funcionamento nos períodos de maior demanda.

Em 2023 foram executadas cerca de 3 mil intervenções, dentre implantação e manutenção de galerias de águas pluviais e poços de visita; limpeza e substituição de caixas de captação; manutenção em passarelas, pontes de madeira e pontes de concreto; contenção de taludes; além de 54 km de limpeza, desobstrução e desassoreamento de rios, córregos, canais e valas de drenagem.

Grandes intervenções

No decorrer do ano, três importantes obras de macrodrenagem foram concluídas e duas estão em andamento; outras quatro aguardam ordens de serviço para início. Além disso, cinco grandes intervenções estão em fase de licitação, e quatro projetos de mitigação de enchentes estão em processo de contratação e licitação.

Obras finalizadas

Entre as obras finalizadas em 2023, destacam-se: a implantação da bacia de detenção na sub-bacia do Ribeirão do Muller, na Cidade Industrial; a implantação de galeria celular no mesmo caminho das águas; e a construção da bacia de contenção a partir de tubulações paralelas no Terminal do Boqueirão.

Em andamento

Entre as obras em andamento, estão a implantação de galeria celular no Ribeirão dos Padilhas, no Capão Raso, e a implantação da bacia de detenção do Rio Mossunguê, no Campo Comprido.

Outras quatro grandes intervenções aguardam a liberação da ordem de serviços para começar: a execução de galerias celulares no Rio Cascatinha, no cruzamento das ruas Carlos Vieira de Camargo e Marchanjo Bianchini (Santa Felicidade); o perfilamento e muros de contenção no Rio Barigui, nas proximidades do Moradias Rio Bonito (Campo de Santana); e a bacia de detenção e perfilamento do Rio Cascatinha entre sua foz e a rua José Scrickte, no Parque Barigui.

Novos recursos

As estratégias para tornar a cidade ainda mais resiliente às chuvas inclui a busca por recursos federais para ampliar as intervenções de macrodrenagem.

O Município apresentou três projetos ao Ministério das Cidades, a partir do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para três grandes obras na Bacia do Rio Belém. A aprovação dos projetos possibilitará um salto significativo na capacidade da cidade lidar com eventos climáticos extremos.

Obras emergenciais

Além do trabalho preventivo, as equipes da Prefeitura trabalham para corrigir os danos ocasionados pelos altos volumes pluviométricos.

“Estamos atuando em vários pontos da cidade a partir de uma programação de intervenções de obras de micro e macrodrenagem, e a partir da demanda das pessoas, com ações que melhoram o dia a dia do cidadão”, afirma o secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Araújo Rodrigues.

Nos meses de outubro e novembro, quando foram registrados níveis pluviométricos históricos, as equipes da Smop redobraram os esforços para reparar a cidade dos danos causados pelas chuvas.

Os trabalhos de recuperação aconteceram em vias, pontes, calçadas, canais e terrenos erodidos, como as intervenções nas ruas Lodovico Geronazzo (Boa Vista); Mbá de Ferrante (São João); Rua General Mário Tourinho (Campo Comprido) e Hassan Mohamed Raad (Barreirinha).

Pontes e passarelas

Para tornar mais seguro e ágil o trajeto de pessoas que precisam cruzar rios, córregos e ruas para chegar em seus destinos, ao longo do ano a Smop realizou 109 intervenções em pontes e passarelas da cidade, entre implantações e ações de manutenção.

Um exemplo é a nova passarela de concreto implantada para ligar as ruas Piá Lazari Bertoldi e Humberto Bertoldi, no Campo de Santana, proporcionando um caminho mais seguro e confortável até a Escola Municipal Helena Kolody.

A diretora da escola, Ivonete Fernandes, expressou contentamento com a nova passarela. “Ficamos muito satisfeitos com essa atenção. Temos muitas crianças que vão embora sozinhas e era arriscado passar pela antiga passarela. Eles caminhavam até uma avenida movimentada para cruzar o córrego. A nova passagem beneficia a todos da região”, avalia.

Também ficaram satisfeitos os moradores da Rua Esper Jorge Chueri, no Cajuru, com a manutenção da ponte de madeira sob o córrego Jardim Natália, entre as ruas Raymundo Nina Rodrigues e Emílio Bertolini.

A ponte ganhou novo tablado e corrimão e ficou mais segura para a passagem de motoristas e pedestres que agora circulam com mais proteção pelo local.

Outro exemplo é a nova ponte de madeira nas ruas Soldado Aguinaldo Gonçalves e Irmã Flora Compostrini, na CIC.

Limpeza dos rios

Em 2023, foram realizados 41.705 metros de limpeza e desassoreamento de rios, córregos e canais, que inclui a roçada das margens.

Nessa ação, as equipes retiram os sedimentos que se acumulam no fundo dos cursos d’água e que, quando não retirados, elevam o leito e reduzem o fluxo de escoamento da água. Tal atividade é constante para minimizar o impacto dos temporais e o risco de enchentes.

Galerias Pluviais

Para as galerias de águas pluviais, as caixas de captação e os poços de visita foram dedicados serviços de limpeza, desobstrução e também de manutenção. Foram quase 3 mil metros de limpeza em 870 unidades. Os serviços atendem às demandas de moradores apresentadas no programa Fala Curitiba.

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