Em videoconferência com a ANEEL, Luiz Claudio Romanelli reforça volta da operação da Usina de Figueira

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“Nossa expectativa é que a ANEEL, à luz da legislação, possa interromper o processo de fechamento da termelétrica”, afirmou Romanelli. Créditos: Divulgação/Assessoria Parlamentar

Em uma videoconferência realizada na última terça-feira, 26, com integrantes da equipe técnica e da diretoria da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSD) reforçou os argumentos para a retomada das operações da Usina Termelétrica de Figueira. A unidade foi desativada e a concessão devolvida pela Copel à União em fevereiro.

“O fato é que temos um enorme problema social no município de Figueira. Um caos. A cidade de oito mil habitantes tinha 1.700 pessoas economicamente ativas e cerca de 400 delas hoje estão desempregadas. A maioria são de trabalhadores da mina de carvão, mas também houve a dispensa de operadores da termelétrica, além de efeitos sobre prestadores de serviço”, alertou Romanelli.

Segundo o deputado, a situação caótica é fruto de uma decisão intempestiva da Copel e, para ele, é necessário que as autoridades federais possam avaliar possíveis soluções para os transtornos causados na região. “Nossa expectativa é que a ANEEL, à luz da legislação, possa interromper o processo de fechamento da termelétrica”, afirmou Romanelli.

A reunião virtual tratou de um recurso administrativo protocolado na agência pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Produção de Carvão do Estado do Paraná e pelo prefeito de Figueira, José Carlos Contiero. A medida elaborada pelo advogado Matheus Eichler pede a suspensão do aceite inicial da devolução da usina e sustenta que é necessário proceder uma fiscalização aprofundada sobre o encerramento das atividades da termelétrica.

O Romanelli explicou o recente processo de modernização da termelétrica de Figueira e destacou que a unidade era a única geradora a carvão no Paraná. Segundo ele, a Copel argumenta que a paralisação ocorre em razão do processo de descarbonização das operações da companhia. “O impacto ambiental é baixo por causa da modernização dos equipamentos e da capacidade de geração de Figueira. Além disso, a Copel deve ser a maior produtora de energia limpa do Brasil”, apontou o deputado, que também chamou a atenção de que a decisão ocorreu após a privatização da empresa de energia do Paraná.

Segundo os interlocutores da ANEEL, o pedido de efeito suspensivo do processo de devolução da usina será avaliado nos próximos dias pelo diretor-geral, Sandoval de Araújo Feitosa Neto, enquanto a análise do mérito da representação administrativa deverá ser analisada por um dos quatro diretores do órgão. “Apelamos para que se encontre uma solução o mais breve possível”, afirmou o prefeito Contiero.

Além dele, a videoconferência foi acompanhada por um representante da deputada federal Gleisi Hoffman (PT) e pelo presidente da Câmara de Vereadores de Figueira, Luiz Gomes, que relatou que a história da cidade se deve à existência da usina de carvão, que agora está praticamente paralisada. O presidente do sindicato dos carvoeiros, Carlos Oliveira (Polaco), também relatou o drama das famílias que perderam emprego.

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