Atritos vêm daqueles que não querem largar a velha política, diz Bolsonaro

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Agência Brasil
Por Ricardo Galhardo e Daniel Weterman, enviados especiais/Estadão Conteúdo  
Em meio a uma crise de relacionamento com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a política tradicional. Ele disse hoje, em café da manhã com empresários no Chile, que os atritos são causados por pessoas que “não querem largar a velha política”.”Os atritos que acontecem no momento mesmo estando calado fora do Brasil acontecem na política lá dentro porque alguns, não são todos, não querem largar a velha política”, disse o presidente. Bolsonaro não citou nomes. Ele disse ter recebido o governo em uma crise “ética, moral e econômica”, classificou o Brasil como “campeão da corrupção”, mas com grande chance de sair do buraco desde que o país aprove as reformas, principalmente da Previdência.

“Temos chance sim grande de sair dessa situação que nós encontramos com as reformas. E a primeira delas, a mais importante é essa da Previdência”, disse o presidente.

Bolsonaro voltou a atacar a “velha política” ao reclamar das reações negativas à montagem de seu ministério. “Como nós chegamos sem apoios políticos partidários escolhemos um ministério, com pessoas que queriam participar do governo por patriotismo. Montamos nosso ministério desagradando os políticos tradicionais”, afirmou o presidente. “Então com a política tradicional existem as reações ainda por parte de alguns da classe política. Mas acredito que a maioria não esteja contaminada”, completou.

Bolsonaro critica lei trabalhista e diz que Brasil deve beirar a informalidade

Por Ricardo Galhardo e Daniel Weterman, enviados especiais

Ao falar das relações trabalhistas em café da manhã com empresários no Chile, o presidente Jair Bolsonaro disse que a legislação deve “beirar a informalidade”.

“A equipe econômica nossa também trabalha uma forma de desburocratizar o governo, desregulamentar muita coisa. Tenho dito à equipe econômica que na questão trabalhista nós devemos beirar a informalidade porque a nossa mão-de-obra é talvez uma das mais caras do mundo”, disse Bolsonaro.

O presidente também demonstrou preocupação com a ideologização nas escolas e na imprensa. “Nos preocupa também, começou no governo Fernando Henrique e se agravou nos governos Lula e Dilma, a questão ideológica que tomou conta das universidades e inclusive das escolas de ensino fundamental e também da grande mídia. É difícil encontrar um jornalista da grande imprensa que possa discutir conosco de igual para igual. Sempre tem um viés de esquerda nas discussões e parece que eles não querem enxergar ou foram doutrinados demais”, afirmou.

Depois do café com empresários, Bolsonaro segui para o Palácio La Moneda onde participa de uma reunião bilateral com o presidente com o presidente do Chile, Sebástian Piñera.

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