Ministro Edson Fachin determina a prisão do dono da JBS

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Superior Tribunal Federal acatou o pedido de prisão do empresário Joesley Batista, dono do grupo J&F e do diretor de Relações Institucionais do grupo, Ricardo Saud na manhã deste domingo (10/09). Fachin não acatou a prisão do ex-procurador da República, Marcelo Miller que teria orientado a delação de Joesley enquanto atuava no STF, sem autorização dos superiores. Joesley e Saud decidiram se entregar à PF.

A prisão foi solicitada ao ministro Edson Fachin, relator das investigações da J&F, após o procurador da República, Rodrigo Janot concluir que os colaboradores esconderam do Ministério Público fatos criminosos que deveriam ter sido contados nos depoimentos.

A conclusão de que os delatores omitiram informações passou a ser investigada pela PGR na última segunda-feira (4) a partir de gravações entregues pelos próprios delatores como forma de complementação do acordo, firmado também com Ricardo Saud, ex-executivo da empresa, e Francisco e Assis e Silva, advogado do grupo empresarial.

A PGR também suspeita que o ex-procurador da República Marcelo Miller atuou como “agente duplo” durante o processo de delação. Ele estava na procuradoria no período das negociações e deixou o cargo para atuar em um escritório de advocacia em favor da J&F.

Em uma das conversas, Joesley e Saud afirmam que atuariam para usar o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo com objetivo de atingir ministros da Suprema Corte. A ideia era gravar uma conversa com Cardozo na tentativa de identificar os ministros sobre os quais ele poderia ter influência. “Depois vamos botar tudo na conta do Zé”, diz Joesley no áudio divulgado pelo STF.

Com informações do G1.

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