Água: então, o que fazer?

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Dissemos que todos somos, de certa forma, culpados e, com certeza, responsáveis pelo equilíbrio ou desequilíbrio do nosso planeta. Quem é mais responsável do que quem?…

Assim como não exigimos que nosso filhinho sustente a casa, não responsabilizamos o vizinho pelo rio Belém ou pelo rio Iguaçu serem esgotos a céu aberto… Quem pode mais, mais será cobrado! Destarte, cabe ao poder público municipal, estadual e federal garantir a potabilidade da água, bem como abastecer todas as casas, tratar os esgotos (os efluentes), etc. A população é fiscal do fiscal.

Como sempre, os funcionários públicos encontram razões para não ver, não saber, não fazer. Fôssemos pôr na rua todo agente público que não merece o salário que recebe, sobrariam poucos, muito poucos… A indolência, a desídia, a irresponsabilidade são a regra. Daí a importância da vigilância e da atitude de cobrança da população quanto aos serviços e responsabilidades dos agentes públicos, do poder público.

Como ponto de partida, os efluentes domésticos jamais devem ser veiculados diretamente para, rios, córregos, veios d’água. Devem receber tratamento adequado. Aliás, é para isso que o amigo leitor paga taxa de esgoto: exatamente para que a matéria sólida seja decantada, tratada e siga uma destinação correta, uma destinação útil, por exemplo como adubo orgânico, coisa que há mais de século é feita em algumas comunidades da Alemanha e também em poucas no Brasil, como no Colégio Santo Antônio, em Agudos (SP). A água recebe um tratamento específico incluindo filtragem e poder ser drenada para os rios ou, então, ser reutilizada.

Para entendermos como isso é factível, na estação espacial russo-americana, a urina passa por processo de tratamento e volta a ser ingerida como água potável. Outro exemplo: na praia de Palmas (SC), todo esgoto é coletado e carreado para uma estação de tratamento de onde o componente líquido volta a ser uma água qualquer… Ainda, há um sistema desenvolvido por pesquisadores da UFSC que transforma até água de lixão em potável!… Por que isso não ocorre em Curitiba e arredores?… Não há verba?… E a taxa de esgoto?… Se nada se faz nesse campo, para quê uma taxa dessas?!… Está claro que precisamos cobrar ações, medidas, responsabilidades do poder público, dos agentes públicos. O salário deles sai dos nossos bolsos; portanto, temos moral.

De quem mais devemos cobrar?… De quem temos moral. É simples: basta olharmos no espelho e cobrarmos de quem aparece ali. Esse aí deverá sair da arquibancada, saltar para dentro do campo e entrar no jogo… Se o amigo cuida do meio ambiente e também passou a cobrar do poder público que faça a parte dele, então já está fazendo a sua parte. E não se desmereça: não existe papel pequeno. Zagueiro, meio-de-campo, centro-avante… somos todos iguais, porque estamos no mesmo time, no mesmo barco. Rio não é lixeira, é vida! É imprescindível à vida em nosso planeta.

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