A Nova Economia

Os sinais de uma nova dinâmica de crescimento da nossa economia estão por todos os lados. O que antes era um ponto fraco agora se tornou num ponto forte, o petróleo. Até o passado recente fomos dependentes da importação do petróleo para manter a nossa economia funcionando. Agora já somos exportadores líquidos de petróleo. A conta petróleo já produz grandes superávits comerciais que devem se alargar nos próximos anos, com a subida do preço do petróleo nos mercados internacionais.

Um dos resultados da crise que acabamos de passar foi a quase quebra da Petrobras. A política de importar derivados de petróleo e vendê-los abaixo do custo foi um dos motivos, não o único, a corrupção também estava presente em todas as suas operações. Hoje os preços dos combustíveis estão alinhados com os do mercado internacional. Essa nova política está provocando uma grande mudança na economia brasileira.

A primeira é a mais evidente, os preços dos combustíveis estão aumentando. Ficou mais caro andar de carro. Na última década o petróleo sofreu grandes alterações de preço no mercado internacional, chegou a atingir picos de mais 150 dólares, e quedas até menos de 30 dólares. Hoje o preço médio oscila em torno de 60 dólares. Num cenário de médio prazo é possível que volte ao patamar de 100 dólares. O que fará que os preços dos combustíveis quase dobrem.

Isso acarretará grandes impactos no nosso sistema de transporte. O primeiro será a redução dos automóveis no transporte urbano e a revalorização do transporte público, que foi deixado de lado nos últimos anos. A Região Metropolitana de Curitiba viveu uma redução no número de passagens nos últimos 20 anos. Hoje o sistema de transporte público está decadente e precário. Um aumento dos preços dos combustíveis vai levar rapidamente o sistema atual ao colapso, como já acontece com a cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Outra consequência do aumento do petróleo será o aumento da produção de álcool. A rentabilidade das usinas vai aumentar muito, em consequência a expansão do plantio da cana-de-açúcar. Mas a produção de álcool a partir do milho também vai aumentar. No centro-oeste o preço do milho é muito baixo, o que viabiliza as usinas que produzem álcool exclusivamente com milho. Vão existir também usinas flex que vão produzir álcool a partir da cana e também do milho. O que deve aumentar muito a renda da produção agrícola.

O aumento da produção de álcool deve diminuir a produção de açúcar, o que vai aumentar os preços internacionais. O Brasil só vai produzir açúcar quando valer a pena. Se o preço do açúcar cair abaixo da paridade do álcool, a produção será deslocada para o álcool.

As receitas de exportação de álcool devem aumentar muito. É muito mais fácil exportar álcool do que soja ou milho. Os alcooldutos são caros para serem construídos, mas a sua rentabilidade é muito alta. Com grandes volumes de exportação eles se pagam rapidamente.

Uma pequena mudança na política de preços de combustíveis produzirá um enorme movimento de aumento de produção de novas formas de energia e também de aumento da produção de petróleo. O que deve aumentar muito a riqueza produzida no Brasil.

O que estava faltando era uma política que liberasse as forças da economia de mercado. O Brasil viveu mais de 30 anos de estagnação econômica por causa de ineficiência do governo de mentalidade esquerdista. A intervenção na economia era muito grande e o resultado foi um empobrecimento da nação.

Depois do colapso do governo do PT ficou evidente os equívocos que os governos de esquerda estavam cometendo na economia. Uma mudança de política está produzindo uma grande reviravolta na economia, que muitos brasileiros ainda não conseguem acreditar.

A transformação de patinho feio em cisne está transformando a nossa economia. A riqueza gerada vai ser muito grande. O grande desafio será na distribuição dessa riqueza.

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