Reformas Sociais

O Brasil é um país muito injusto. A riqueza está concentrada em poucas mãos. As estruturas sociais fortalecem essa injustiça. É preciso reformá-las para que comecem a produzir justiça.

O ponto de partida deve ser a educação pública. Grandes avanços precisam ser alcançados através de uma mudança de mentalidade. A gestão dos recursos públicos é muito malfeita. A liderança política atual é um péssimo exemplo de comportamento.

A maioria dos brasileiros querem cargos públicos para obterem vantagens pessoais, poucos almejam serem construtores do bem-estar comum. Os processos burocráticos nas organizações públicas são extremamente precários, caros e defasados tecnologicamente.

A grande maioria das organizações públicas seriam muito melhores geridas se fossem privadas. Os escândalos envolvendo a Petrobras são exemplos de má conduta dos agentes públicos.

Uma reforma da máquina pública deve começar pela privatização da maioria das empresas públicas e dos processos que atendem grande parte da população. Eles serão melhores executados pelas organizações privadas, controladas por agências públicas. Com um campo mais restrito de ações, fica mais ágil gerar os serviços públicos.

Exemplos dessa ação seria a privatização da Petrobras, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, das companhias energéticas, como a Copel, das companhias de tratamento de água e esgoto, como a Sanepar, entre outras empresas.

Nada que não fosse extremamente necessário deveria ser mantido nas mãos do governo. Reduzindo o tamanho do Estado, a sua administração se torna mais fácil. A educação pública deverá ser a grande prioridade. Hoje, a educação não é a prioridade.

Com raríssimas exceções, a qualidade do ensino público no Brasil é muito baixa. A causa é a má gestão. Os recursos atuais são poucos e muito mal aplicados. Não adianta aumentar a quantidade de recursos para uma organização extremamente ineficiente. Seria só aumentar o tamanho do desperdício.

Antes é preciso atualizar as estruturas de gestão. Iniciar pela educação será um bom começo. Exemplos de estruturas públicas de boa educação existem. Só falta vontade e capacidade de massificá-las.

Um exemplo admirado mundo afora é a Finlândia. O ensino fundamental e de 2º grau é público. Existem muito poucas escolas privadas nesses segmentos. O objetivo do Estado é claro dar oportunidades iguais a todas os cidadãos finlandeses. Não existe liberdade sem educação justa.

O nosso sistema atual de educação reflete a nossa atual injustiça social. A educação pública na pré-escola atinge menos de 20% da população. As crianças pobres quando chegam ao 1º grau já estão em condições de desvantagens. Para garantir cidadania a todos os brasileiros é preciso que existam pré-escolas em quantidade e qualidade para todos os brasileiros. Esse primeiro passo é decisivo. Sem ele continuaremos a ser uma nação com dois tipos de cidadania: a dos ricos e a dos pobres.

Muito se fala da educação universitária, que as melhores escolas são públicas e gratuitas. Só que para alcançá-las é preciso passar no vestibular, que é extremamente difícil para quem fez a formação em escolas públicas. A maior parte das vagas são alcançadas pelos estudantes das escolas privadas. Por uma simples razão, a qualidade de ensino privado, fundamental e de 2º grau é muito melhor.

A política de cotas para negros, indígenas e alunos das escolas públicas é uma estratégia de tentar tapar o sol com a peneira. Não adianta fazer essa inclusão forçada, raramente os alunos das cotas consegue acompanhar o ensino superior das universidades públicas.

A solução para melhorar a democracia e a liberdade no Brasil passa necessariamente pela melhora da qualidade do ensino público, na pré-escola, no fundamental e no 2º grau. Algo que o governo atual se recusa a fazê-lo.08

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