2017- 2018

Foi o ano das surpresas. No início ninguém esperava nada. Quase todo o mundo esperava que a economia repetisse o desastre de 2016. Mas na realidade foi o ano da recuperação, não a que todo o mundo desejava, mas uma pequena e lenta recuperação.

O governo Temer balançou de tudo quanto é lado e conseguiu sobreviver. Até quando ninguém sabe. O Congresso Nacional continua o mesmo, só vota alguma coisa à custa de muito dinheiro. As eleições de 2018 serão um divisor de águas. A grande maioria dos parlamentares não conseguirá se reeleger e vai cair nas garras da justiça. Os juízes de 1ª instância estão prendendo os ex-parlamentares e ex-ministros com julgamentos de corrupção muito céleres. Não praticam a lentidão do Supremo.

O governo simplesmente está paralisado. São pequenas ações pontuais que não levam a nada. Será que o governo Temer chega ao fim de 2018? Vamos ver. Tudo está indefinido na política. Faltam 10 meses para as eleições presidenciais, de governadores, de senadores e de deputados. E o quadro é nebuloso.

A maioria dos políticos estão sendo processados por corrupção. Muitos se abrigam na sombra do foro privilegiado, inclusive o presidente Temer. Caso não consigam se eleger irão para a primeira instância. E lá o processo corre rápido. Muitos acabarão atrás das grades.

O dinheiro público está escasso. Caixa dois para pagar as campanhas eleitorais será coisa rara. As doações espontâneas das pessoas físicas serão poucas e muito difíceis. Será uma eleição pobre, como nunca esse país já viu.

A quantidade de novos candidatos será muito grande. O custo de entrada de um político será muito baixo. Os velhos políticos não terão dinheiro e nem reconhecimento. As chances de reeleição serão muito baixas.

O quadro é de uma renovação muito grande nos quadros políticos. O novo quadro só vai se definir após o segundo turno que deve ocorrer só em novembro. Enquanto isso a economia vai retomando com força.

As exportações estão crescendo com muita força em diversas direções. Duas novidades se destacam: a exportação de veículos e de petróleo. Hoje o Brasil já exporta mais de 30% dos veículos que produz. Poucos economistas se dão conta dessa força da nossa indústria. A conta petróleo, que no passado sempre foi negativa, começa agora a dar grandes superávits.

O cenário para 2018 é de um superávit na balança comercial por volta de 100 bilhões de dólares. O que vai melhorar muito as finanças do país.

Esse é o quadro para o ano que vem. Um governo que quase não faz nada e uma economia que cresce sozinha, apesar do desgoverno. É um quadro surreal. Nunca antes nesse país tínhamos vivido um quadro desse tipo.

O desemprego, principalmente nas classes mais baixas, é muito alto. Nas crises econômicas são os mais pobres que sofrem mais. Os cortes nas bolsas sociais estão atingindo os mais pobres na sua sobrevivência.

Os mais ricos festejam a recuperação da economia e os seus lucros. Com o desemprego alto, os salários abaixaram. Com as exportações a rentabilidade da maioria das empresas melhorou muito.

O consumo interno está avançando devagar. As perdas no sistema bancário estão restritas aos bancos oficiais: Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. A recuperação forte da economia em 2018 vai pegar quase todo o mundo de surpresa. O governo Temer vai tentar justificar a sua continuidade pelo crescimento da economia.

O novo governo que vai assumir em 2019 vai pegar a economia bombando.  O desemprego já estará melhor no final de 2018. Esse quadro de incerteza política encobre a transformação que está ocorrendo no setor privado.  Um novo Brasil já nasceu.

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