Sob vaias da torcida, Paraná passa mais uma rodada sem vencer no Paranaense

O Paraná Clube que terminou em alta a última temporada inicia esse ano olhando os adversários lá de baixo. Ao empatar em 1 a 1 com o Londrina na tarde deste domingo, na Vila Capanema, pela terceira rodada da Taça Dionísio Filho (1º turno do Paranaense 2018), o Tricolor somou apenas seu primeiro ponto e está na lanterna do Grupo A – com a defesa mais vazada entre os dois grupos, com seis gols sofridos. O time paranista que foi envolvido pelos aspirantes do Atlético-PR na rodada anterior, teve mais disposição e raça diante do Tubarão, mas esbarrou novamente com o desentrosamento e a limitação técnica da equipe, especialmente no ataque.

“Raça não está faltando, mas alguma coisa está acontecendo. Temos que mudar para melhorar a situação”, disse o meia Felipe Augusto, sem deixar claro os defeitos da equipe ao final da partida.

Pressionado com o fiasco no clássico, o Paraná iniciou o jogo com muita vontade, dividindo forte os lances e abriu o placar logo aos 5´, com o zagueiro Neris que após escanteio, pegou uma sobra na pequena área e fuzilou o goleiro César. O Tricolor criou mais duas boas chances com Charles, de cabeça que mandou para fora e Alex Santana que César salvou. Essa disposição paranista não foi a mesma no segundo tempo. A equipe Tricolor deu espaços e o Londrina melhorou e mais organizado, passou a trocar passes e levar perigo para o gol de Thiago Rodrigues. Carlos Henrique quase empatou aos 12´, mas o zagueiro Neris tirou em cima da linha, mas aos 20´, o trombador atacante londrinense, aproveitou cruzamento da esquerda e fechou com a zaga para desviar, de coxa, para o fundo da rede. O jogo ficou aberto após a igualdade no placar, porém, as jogadas não surtiam efeito e apesar das tentativas, o empate perdurou até o fim do jogo. O resultado e a exibição desagradaram o torcedor paranista que vaiou os jogadores na saída do gramado.

“Sofremos o gol, que não pode, porque dentro de casa não podemos sofrer. A torcida vem no estádio para incentivar e quando o resultado não vêm está no direito de nos cobrar”, disse o volante Leandro Vilela.

O treinador Wagner Lopes também se mostrou insatisfeito com o gol sofrido e com o desempenho da equipe. “Ninguém está satisfeito com a apresentação, a gente tem que melhorar”, disse Lopes. “Tivemos erros, com finalização do meio sem nenhum propósito. Tem que rodar mais a bola, tem que ter mais compactação, movimentação mais sincronizada, mais velocidade nas transições…”, enumerou o treinador paranista.

O comandante paranista não quer comparações do time do ano passado, com o atual. De acordo com Lopes, diferente de 2017, nessa temporada o time teve um tempo mais curto de pré-temporada e os valores eram diferentes. Além disso, a equipe continua em formação com a chegada de 17 reforços – boa parte ainda sequer estreou ou fez apenas um jogo. “Ninguém merece ser compararado com ninguém, o indivíduo é único, são pessoas diferentes, talentos diferentes. Nós estamos em desenvolvimento”, comentou o treinador.

Ele espera que o time agora mude o “chip” para a Copa do Brasil, quando a equipe enfrenta na próxima quinta-feira (25/01) o URT, em Patos de Minas, interior de Minas Gerais.  “Vamos para lá com confiança, determinação para buscar a classificação”, concluiu.

 

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