O Brasil está vivendo um momento de grandes transformações. Para uns é uma crise econômica, para outras é política. Na realidade a crise é de valores morais.
Boa parte dos políticos entra na política para pegarem o dinheiro público. Como isso é uma atividade comum entre os políticos atuais, vários eufemismos foram criados para esconder o roubo do dinheiro público. O mais comum é o caixa 2, dinheiro público para as campanhas eleitorais. Se tenta justificar essa ação por causa do alto valor das campanhas eleitorais e que o dinheiro não vai para os gastos pessoais do candidato. O que não muda o fundamento, é um roubo. Quem comete um roubo é um ladrão.
Existe outra forma, a de aceitar doações para atender interesses das empresas. É muito comum nas licitações públicas a competição para doações a políticos. Muitas empresas chegam a fazer doações e não conseguem os contratos. Por outro lado, é muito difícil que uma empresa consiga ganhar uma licitação sem ter feito doações a vários políticos. Foi o que aconteceu na Petrobrás. Empreiteiras faziam doações a políticos para conseguirem obras. O tríplex do Lula foi só um caso. Muitos outros virão ainda a público.
É preciso que esses escândalos de corrupção sejam conhecidos para que todos os brasileiros saibam sobre a realidade atual da nossa política. Com a punição dos políticos que cometeram esses atos de corrupção, ou seja, de roubo, o quadro político vai se transformar. Um novo conjunto de políticos, que não estejam comprometidos com essa velha ordem, vão assumir o poder.
A grande maioria das empresas públicas serão privatizadas, pois não precisam mais ser empresas públicas. A sua eficiência operacional vai aumentar bastante e o preço dos serviços vai baixar de forma real.
Durante o governo Lula e, principalmente, da Dilma tarifas de empresas públicas foram reduzidas, mas a um custo muito alto para as empresas e muitas vezes até para o Tesouro. A Petrobras quase foi a falência. O seu valor de mercado caiu mais de 80%. A atual política de preços reais de combustíveis está mostrando para a população o tamanho dos desvios praticados.
Com o acompanhamento dos preços internacionais, o preço dos combustíveis abriu um grande espaço para a produção de álcool, principalmente para o produzido a partir do milho. O que vai espalhar o crescimento econômico no centro-oeste.
Com a drástica redução da corrupção política, o Brasil vai retomar o crescimento econômico de uma forma bem intensa. O governo atual está estimando um crescimento econômico em 2018 na ordem de 3%, é bastante provável que o crescimento alcance mais de 5%.
O preço das commodities está num ciclo de longo prazo de recuperação de preços no mercado mundial, o que deve elevar ainda mais o superávit da balança comercial. No ano passo ela alcançou 67 bilhões de dólares. Neste ano ela deve alcançar 90 bilhões de dólares. O que vai atrair grandes investimentos estrangeiros. A geração de emprego deve aumentar um pouco. A queda do emprego nas empresas públicas e nos órgãos públicos vai gerar uma grande quantidade de trabalhadores desempregados, que precisarão ser requalificados para serem a absorvidos pelo mercado de trabalho privado.
O empreendedorismo no setor privado deve aumentar muito. O momento de se criar empresas novas é agora, no início do ciclo de crescimento econômico de longo prazo. A necessidade de melhor qualificação dos funcionários vai fazer uma grande pressão para a melhora da qualidade da educação das escolas públicas.
Todo esse ciclo de inovação e de crescimento só foi possível pelo aumento dos valores morais nos órgãos públicos, principalmente nos dirigentes. A corrupção rouba energias que vão acabar nos bolsos de poucas pessoas.
Com uma nova ordem moral, os recursos públicos serão melhores empregados e distribuídos. Mas para que isso ocorra é preciso que mais escândalos aconteçam. Que muito mais políticos sejam presos, julgados e condenados por roubo. É preciso que a população saiba do tamanho dos desvios dos recursos públicos feitos pela atual classe de políticos no poder.
