É preciso falar sobre depressão e suicídio, alertam especialistas

O assunto é delicado, mas é preciso falar sobre ele. De acordo com a OMS, o suicídio é atualmente um problema de saúde pública, sendo uma das três principais causas de morte, entre pessoas de 15 a 44 anos, e a segunda entre as de 10 a 24 anos. A cada ano, aproximadamente 1 milhão de pessoas tira a própria vida, o que representa uma morte a cada 40 segundos. O Brasil tem cerca de 10 mil registros anuais.

Os números são chocantes, assim, como os casos que ocorrem no dia a dia. No Paraná, a cada quatro dias, acontecem sete mortes por suicídio. Segundo dados do Ministério da Saúde, em seis anos o Paraná registrou um total de 3.942 mortes por “lesões autoprovocadas”. Dados mostram ainda que desde 2011, os óbitos dessa natureza cresceram.

O tema é quase um tabu no noticiário, em que não são divulgados esses casos, mas a internet e as redes sociais são implacáveis. Não há filtro e muitas vezes falta responsabilidade do momento de propagar tais ocorrências, pois não se considera que aquela cruel imagem será vista pelo pai, mãe e familiares da vítima, aumentando a dor da perda do ente querido.

Transtornos

Estudos revelam que a maioria dos suicídios está ligada a transtornos psiquiátricos como explica a psiquiatra Alexandrina Meleiro, coordenadora da Comissão de Estudo e Prevenção ao Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria. “Os pais têm o papel de ajudar os filhos a lidar com as informações que eles recebem do mundo. Não adianta você falar eu não vou conversar com o meu filho sobre isso, porque seu filho vai conversar sobre isso com outras pessoas. Então, é melhor você passar sua versão”, destacou o psiquiatra. “Às vezes, a criança e o adolescente não conseguem elaborar muito essa sensação de tristeza, mas ficam mais irritados, às vezes mais agressivos, mais inquietos. Começam a influenciar nos relacionamentos, no rendimento escolar. São mudanças que você só percebe estando atento, estando envolvido com seus filhos”, emendou a psiquiatra.

Busca por Deus

Além da conversa com pais e profissionais como psicólogos ou psiquiatras, algumas igrejas desenvolvem um trabalho de acolhimento e tratamento para problemas como depressão e vícios. Segundo o bispo Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus a pessoa depressiva vive num estado de prostração, vazia de realizações pessoais, vazia de sonhos; ela não tem nenhuma perspectiva de futuro. “Deus vê a sua situação e sofre com ela. Mas Ele só pode mudá-la quando você convidá-Lo para fazer parte da sua vida. É isso que Deus quer. Ele não está preocupado com o que você fez de errado, mas com o que você é. O Espírito Santo quer entrar e viver dentro do seu ser”, escreveu o bispo, em um post publicado no site oficial da igreja, em maio de 2016.

“Talvez, durante anos você esteja carregando desgostos, ódios, mágoas, desejo de vingança. A sua vida está parada devido a esse peso que você carrega sobre os seus ombros. Você tem curtido esse sintoma de ódio, esse sentimento de horror por causa de alguém que lhe fez mal, e está parado no tempo e no espaço. Por isso você está depressivo. Você precisa se livrar desse peso, mas para isso você tem que apelar para Deus. Vá para um lugar onde você possa estar só e fale com Ele. Apresente a Ele todos esses sentimentos ruins e Convide-O para fazer morada no seu coração. Faça isso com sinceridade, pois quando há pureza, sinceridade no nosso pedido, Ele atende imediatamente”, aconselha o bispo.

Da redação com informações da Agência Brasil

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