Antenado – Bastidores da política de Fazenda Rio Grande e nacional

Sem uniforme

As aulas começaram há um bom tempo na rede municipal de Fazenda Rio Grande, mas os alunos ainda não receberam os uniformes. Em comunicado no site oficial a Prefeitura alega que a empresa descumpriu o contrato e os uniformes “estão na linha de produção” com a previsão de entrega para o dia 23 de abril.  Até aí, um fato compreensivo. Quando contratamos ou compramos algo é normal que ocorram imprevistos, mas o que tem deixado pais e alunos intrigados é o alto valor do contrato para o fornecimento desses uniformes e a distância da fábrica. A Prefeitura vai gastar mais de R$3 milhões de reais com os uniformes escolares, sendo que uma das empresas responsáveis pelo fornecimento é da cidade de Novo Mundo, Mato Grosso do Sul. A pergunta que não quer calar é porque a Prefeitura não incentiva a mão de obra local ou o setor de confecções do município para a confecção desses itens?

Sem incentivo

O prefeito de Fazenda Rio Grande e seus pares (muitos bajuladores por excelência) enchem a boca para destacar que a cidade possui um grande parque industrial e condições favoráveis para a instalação de pequenas e grandes empresas na cidade, mas quando vem à tona esse tipo de situação, todos se escondem para que não sejam questionados. Porque a Prefeitura não reserva um galpão com máquinas industriais e oferece trabalho para costureiras da cidade para a confecção desses uniformes? Seria muito, mas muito mais barato do que comprar em uma empresa lá do Mato Grosso do Sul. E mais. Ainda geraria renda para muitos moradores, muitos que estão desempregados.

Suspeita de concorrência dirigida

No processo de concorrência, muitas vezes, é solicitado uma amostra de determinado item a ser fornecido e quando é aprovado o modelo, as empresas concorrentes que trabalham com outros modelos, não conseguem produzir em tempo curto aquele exigido no edital. Os órgãos de fiscalização do Estado, se tivessem interesse, poderiam desvendar alguns mistérios nos bastidores das administrações públicas. Os próprios vereadores poderiam ficar mais atentos, pois foram eleitos para fiscalizar o Executivo. Mas, acho que é exigir demais, uma vez que “está tudo dominado”.

Tudo pelo poder

Dizem que na política até as “vacas voam” de tão absurda que é o vai e vem de conjecturas e opiniões. Tudo pode acontecer. Quem hoje é situação e critica a oposição, amanhã pode ser o oposto – e depois de amanhã, voltar a primeira forma. Um dos exemplos é o deputado Toninho Wandscheer. Quando se elegeu em 2010 como deputado estadual era do bloco de oposição ao governo Beto Richa. Bom, o tempo passou, Toninho se aproximou de Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, um dos casais mais influentes do PT durante os últimos anos e depois de participar de vários eventos, fazer campanha, dividir palanques, viajar pelo Estado juntos veio a fase ruim. Os escândalos de corrupção do PT explodiram e afetaram Gleisi e Paulo Bernardo que são investigados por suposto recebimento de recursos irregulares. Toninho saiu de fininho. Pulou para outro lado e agora se aproximou de outro casal que está em voga: Ricardo/Cida. O deputado que estava sumido, voltou à cena, às vésperas da eleição e como presidente do PROS/PR (posto antes ocupado pela governadora em exercício), agora elogia Beto e todos que estão ao seu lado. Será que o povo gosta disso e vai apoiar mais quatro anos desse vai e vem? Vamos esperar…

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