Título do Paranaense pode coroar estratégia do Atlético de dividir o elenco

Como em anos anteriores, o Atlético de 2018 resolveu dividir o elenco. Formou um time alternativo, o batizou de aspirante, formado com uma mescla de jogadores da base e experientes que buscam a melhor condição física ou com contratos curtos para disputar o desprestigiado Campeonato Paranaense.  O outro, uma formação principal que só joga as competições nacionais, mas que por conta do calendário fez diante do São Paulo, na última quarta-feira (04/04) apenas a quinta partida no ano.

O time alternativo, sob o comando do técnico Tiago Nunes e supervisão de Fernando Diniz está na final do Paranaense e no próximo domingo (08/04), na Arena da Baixada precisa reverter a vantagem do primeiro Atletiba, no Couto quando foi derrotado por 1 a 0. O título está mais próximo do Coritiba que joga pelo empate, mas em clássico, isso pouco importa. Não há favoritismo.

Com o time aspirante, o Atlético-PR pode conquistar um resultado para calar os críticos, de que a fórmula da divisão do elenco funciona muito bem na famigerada competição local. Mas na próxima quarta-feira, mesmo que seja campeão do Paranaense 2018, as vozes contrárias a essa estratégia do clube podem ficar mais altas na Arena. Isso porque, o time considerado ideal ainda não convenceu o torcedor.

Na Copa do Brasil, o Atlético até tem conseguido passar de fase. Eliminou Caxias, Tubarão e Ceará, mas não sem correr grande risco de ser eliminado. Contra o Ceará, na fase anterior, o Atlético passou sufoco e conseguiu levar a decisão para os pênaltis, quando teve mais sorte e competência nas cobranças.

No primeiro jogo do duelo da quarta fase com o São Paulo, o Atlético conseguiu um bom resultado, ao vencer por 2 a 1, mas apresentou deficiências que irritam o torcedor. No primeiro tempo, o time teve mais posse de bola que o adversário, mas só chegou ao ataque duas vezes com algum perigo. Trocava passes no campo defensivo, sem objetividade ofensiva. Ainda assim, conseguiu “achar” um gol, em uma roubada de bola com Pablo que chutou rasteiro para vencer Sidão. No segundo tempo, o time foi bem até os 20 minutos, quando ampliou o placar com Paulo André e finalizou outras duas vezes. Mas depois, sofreu o gol de empate e com várias substituições e improvisações de Diniz, o time ficou um emaranhado, confuso.

Falta ritmo de jogo, ousadia no ataque e jogadas ensaiadas mais elaboradas.  Quem esperava que o time de Diniz iria ser bem superior à de Tiago Nunes se enganou. Muitos jogadores considerados aspirantes poderiam ser titulares com folga no time considerado ideal, como o volante Bruno Guimarães, o meia João Pedro e o atacante Éderson. Eles podem na final com o Coritiba convencer o técnico Diniz que vai precisar, mesmo sem eles, confirmar que o Atlético está trilhando um bom caminho com essa estratégia.

 

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