Otimismo sobre vitória de Bolsonaro cresce e juros fecham em baixa firme

Por Denise Abarca / Estadão Conteúdo

Os juros futuros renovaram mínimas na última hora de negócios nesta sexta-feira, 26, fechando a sessão regular em queda em todos os pontos da curva, especialmente na ponta longa, trecho em que os vencimentos perderam cerca de 25 pontos-base. O impulso nas ordens de venda na reta final dos negócios foi determinado pelo aumento do otimismo sobre a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente no próximo domingo. “É a última chance de apostar em Bolsonaro eleito. Quem estava na dúvida, resolveu ir com tudo”, disse um profissional. A onda otimista também deu gás à trajetória já ascendente da bolsa e jogou o dólar abaixo dos R$ 3,65.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou na mínima de 7,37%, de 7,474% na quinta-feira no ajuste, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 8,404% para 8,25% O DI para janeiro de 2023 encerrou na mínima de 9,35% (9,613% na quinta no ajuste) e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 10,192% para 9,91% (mínima).

As taxas abriram em leve alta, mas ainda pela manhã passaram a recuar, impulsionadas pela divulgação de pesquisas eleitorais realizadas por instituições financeiras e institutos de menor porte apontando larga vantagem, entre 16 e 20 pontos porcentuais, em favor de Bolsonaro na corrida presidencial, ante Fernando Haddad (PT). Com isso, o cenário externo desta sexta mais cauteloso ficou de escanteio.

O noticiário da tarde foi marcado por notícias positivas, com destaque para a elevação da recomendação para o Brasil de “equal-weight” (desempenho na média do mercado) para “overweight” (desempenho acima da média do mercado) pelo banco Morgan Stanley. Por aqui, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que as contas de luz terão em novembro bandeira amarela, cuja tarifa de cobrança adicional é de R$ 1,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, menor do que a da bandeira vermelha no segundo patamar. Nesse nível, que vigorou de junho a outubro, as contas de luz cobram o adicional mais alto, de R$ 5,00 a cada 100 kWh consumidos.

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