“Todos que me conhecem sabem que não sou ganancioso. O preço do relógio era de 6 mil euros (cerca de R$ 25,9 mil). Não sabia a marca e o seu valor quando ganhei. O senhor Surkis não tinha a intenção de usar isso com a DFB. Ele nunca me pediu qualquer apoio. Foi um presente particular sem qualquer relação com a federação ucraniana ou empresas comerciais. Fui apenas educado em aceitar. Não posso explicar por que não agi logo para esclarecer isso”, disse Grindel, em entrevista coletiva nesta terça-feira, em Berlim.
“Estou atordoado por esse erro, renuncio como presidente da DFB e peço desculpas por meu comportamento menos do que exemplar ao aceitar o relógio”, completou o dirigente alemão. A DFB já informou que os vice-presidentes Rainer Koch e Reinhard Rauball vão assumir a gestão interna da entidade até setembro deste ano. A Alemanha foi escolhida sede da Eurocopa de 2024, depois da edição itinerante do ano que vem, com fase final na Inglaterra.
Nos últimos dias, a revista alemã Der Spiegel revelou que Grindel tinha recebido também 78 mil euros (cerca de R$ 337 mil) antes de iniciar o cargo na DFB, na qualidade de membro de um conselho próximo da federação, além do relógio. O agora ex-presidente também é membro do Comitê Executivo da Uefa e do Conselho da Fifa.
Grindel havia chegado à presidência da DFB em abril de 2016 para substituir Wolfgang Niersbach, que renunciou depois de ter sido acusado de manipulação de votos para que a Alemanha ganhasse a eleição para ser a sede da Copa do Mundo de 2006.