Por Sérgio Dalgallo
“E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.” Apocalipse 22.12
Hoje quero em especial me reportar a àqueles que dizem comungar da mesma fé que a minha ou que se dizem cristãos. Será que se Jesus tivesse deixado dito o dia de Sua volta estaríamos fazendo planos sobre o que fazer nas próximas 24 horas?
Estou perguntado: e se Jesus voltasse amanhã? Será que nos levantaríamos cedo, cedíssimo da manhã e nos dedicaríamos logo à oração? Não seria aquela oraçãozinha água com açúcar que costumamos fazer, mas sim uma oração contrita, com verdadeira adoração e devoção a Deus. Sim, teríamos uma intimidade na qual nunca sonhamos em ter durante toda a nossa vida cristã.
Será que mudaríamos radicalmente nossas atitudes e pensamentos, exerceríamos o verdadeiro papel Cristão e cumpriríamos à risca o que Jesus mandou fazer em Marcos 16. 15 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”.
Será que não iríamos para o trabalho, mas desde cedo começaríamos a sair exortando a todos que Jesus estava voltando no outro dia e não diríamos isso com medo ou receio, mas bradaríamos com autoridade? Quebraríamos nossa preguiça espiritual, negligência ou covardia e bradaríamos o evangelho a quem encontrássemos pela frente.
Será que todo aquele que se diz crente se humilharia diante de Deus e confessaria seus pecados? Aquele pecado oculto seria confessado a Deus e pediríamos clemência e a sua misericórdia? Haveria o verdadeiro temor a Deus? Iríamos rapidamente falar com todas as pessoas contra quem cometemos injustiça ou grosseria, pedindo-lhe perdão e procurando a verdadeira reconciliação?
Pergunto-lhes ainda: será que buscaríamos ter uma verdadeira comunhão com todos e a palavra hipocrisia seria banida de nossa vida? E ainda quando não fosse possível pedir perdão pessoalmente, telefonaríamos, escreveríamos ou mandaríamos uma carta já pouco usada ou e-mail, mensagem no Facebook ou WhatsApp?
Será que não mediríamos esforços e faríamos tudo para ganhar almas? Certamente nesse dia ganharíamos pelo menos uma alma. Contestaríamos, ainda, quando fomos ranzinzas em devolver na igreja nossos dízimos e ofertas para que homens do altar pudessem ser sustentados? Ajudaríamos os necessitados pelas ruas, nossos vizinhos ou nossos próprios irmãos dentro da igreja? Nosso coração ficaria mais amoroso e misericordioso?
Se assim fosse não pensaríamos em outra coisa a não ser falar do amor de Deus para as pessoas, falar do plano da salvação. Ninguém desperdiçaria seu tempo com fofocas, lazeres do dia-a-dia, televisão. À noite, iríamos para a última reunião da salvação na Igreja. Tenho certeza em meu coração que o salão da igreja seria pequeno demais para tanta gente e a felicidade estaria estampada na face de todos. O orgulho de ser crente transbordaria na pele.
Posso ver também que ninguém ficaria calado na oração, falariam em línguas, chorariam, dariam pulos. Seria um fervor inimaginável. Imagino que se tivesse a hora dos testemunhos, as pessoas não iriam parar de falar sobre as maravilhas de Deus. Cada um contaria das suas experiências com Deus e relataria o que o Senhor fez por seu intermédio. Seriam testemunhos tremendos e certamente todos terminariam de maneira semelhante: “Senhor lamento muito porque por tantos anos não vivi de maneira totalmente consagrada; Senhor lamento porque ajudei tão pouco na expansão do Reino de Deus; Senhor, lamento porque quase não testemunhei a outros; Lamento também porque raramente participei das reuniões de oração, porque pretensamente tinha coisas mais importantes a fazer. Oh Senhor, como gostaria que a Sua vinda demorasse mais um pouco e só voltasse daqui há dois ou três anos! Então eu mudaria totalmente a minha vida! Gostaria tanto de produzir frutos para a eternidade, de juntar tesouros no céu”.
E para encerrar esta minha humilde participação de todas as semanas lhes pergunto: por que não agimos assim em nossos dias atuais? Por que se fala tão pouco da volta de Jesus nos púlpitos de nossas igrejas? Será que não é hora de transformarmos nossas vidas e agirmos como se realmente Jesus fosse voltar amanhã? Pergunte a você mesmo: o que está faltando em mim para que eu tenha minha vida consagrada ao Senhor? Se a trombeta tocasse agora ficaria eu aqui ou subiria para encontrar Jesus nos ares? A hora da entrega total a Jesus é hoje, amanhã poderá ser tarde demais!!!
Por fim convido-lhes para que enquanto ainda podemos brademos em alta voz ao único que é digno de toda honra e glória: o Nosso Senhor e Salvador. Viva o Senhor Jesus!!!
