O mundo digital e os animais de estimação

Foto: Reprodução

Por Édelis Martinazzo Dallagnol

As tecnologias atuais podem aproximar amigos de diferentes espécies.
Quem já não “conversou”com um cachorrinho ou gatinho por telefone? Se o convívio é próximo, é comum o animal reconhecer a voz da pessoa, ainda que nem todo animal consiga associar a voz à imagem na tela do celular. Outra serventia digital tem sido a vigilância eletrônica. Por meio de pequenas câmeras, é possível acompanhar o que o animal de estimação faz em casa enquanto seu tutor está fora. Também é possível acompanhar como o animalzinho é tratado por outras pessoas na ausência do seu tutor. Há, ainda, os dispositivos de rastreamento eletrônico colocados em coleiras ou peitorais para localizar o animal caso ele se perca ou seja roubado. Aliás, agora que novos mini-rastreadores estão chegando ao mercado (com a intenção de apontarem onde estão as chaves, ou a bolsa), mais opções surgem para localizar animaizinhos de estimação.
Com tantos recursos, é de se imaginar que em breve alguém inventará uma maneira do computador “traduzir” a linguagem dos animais mais próximos em expressões humanas semelhantes. Como eles se expressam muito mais usando o corpo do que a voz, será necessária a captação de detalhes dos movimentos… Por enquanto, o que temos de mais parecido com essa tecnologia são as filmagens para pós-produção de personagens criados por computador, como no filme “Avatar”, e para isso ainda são necessários sensores especiais ligados ao corpo dos atores… Mas, num tempo em que já se projeta estrutura que viabilize a vida humana em Marte, é bem provável que não estejamos longe de podermos “ouvir” melhor nossos bichinhos de estimação – e com certeza teremos muitas surpresas!
Víamos em filmes antigos, especialmente filmes de ficção científica ou de espionagem, tecnologias apenas sonhadas, que hoje se traduzem em celulares, tablets, fones de ouvido sem fio… O que um dia se imaginou, hoje é realidade. Atualmente, vemos em filmes cenas de animais fazendo ligações telefônicas, dirigindo carros, etc. Será que vão tornar-se realidade?… Talvez… Fazer ligações já pode ser possível, precariamente, para quem sabe programação e também sabe montar um dispositivo eletrônico de botão simples, conectado a um computador, bastando ensinar o cachorro a pressionar o botão para fazer a ligação. Mas isso viraria brinquedo. Como poderia o cachorro aprender quando convém telefonar? E, honestamente, quem precisa receber mais ligações por dia?… Quanto a dirigir, em breve será obsoleto até para nós, humanos. A tendência é a digitalização das cidades, utilizando-se carros coletivos autônomos – em Berlin, Alemanha, prevê-se a implantação desse sistema até 2050. Será como ensinar o animalzinho a pegar trem ou ônibus, sem o desafio dos degraus – resta saber se animais serão permitidos…
Ficamos na expectativa de que novas tecnologias aumentem a conexão entre o homem e outras espécies.

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