Por Édelis Martinazzo Dallagnol
Este periódico, ao que parece, tem “ligado” uns alertas… Em meados de junho, falamos sobre formigas – na primeira semana de julho, entrou na Câmara de Vereadores de Cascavel projeto de lei obrigando todos os proprietários de imóveis urbanos a combaterem as formigas… Na última semana de junho, sugerimos o plantio de árvores na zona urbana – no início desta segunda semana, um programa de televisão lançou proposta de se plantarem árvores, arbustos (qualquer vegetal) em qualquer espaço ocioso… Também falamos – e muito – do aquecimento global… Ninguém de nós “nasceu sabendo” – a gente vai aprendendo com as experiências próprias e dos outros, com as descobertas, com os estudos científicos…
Por falar em estudos, há um projeto em curso para a instalação um poderoso telescópio, no nordeste, exclusivamente para estudar os “buracos negros” (quasares). Deve ter ocorrido uma “proposta irrecusável” da China; esse telescópio não irá além de dizer que se trata de grande concentração de matéria, a ponto de se ter o aniquilamento da estrutura atômica…
Nesse segundo domingo de julho, começaram os “vôos espaciais” comerciais (até nossa ionosfera), e os “magnatas” estão fazendo fila para esta viagem, para ficar quase cinco minutos vendo a Terra lá de cima… Também, uma “bagatela”: apenas 250 mil dólares (cerca de 1 milhão e 250 mil Reais)!… A NASA também está planejando viagens siderais, especialmente para Marte… O custo arrepia! O acréscimo de peso equivalente a uma garrafinha de água mineral custaria 50 mil dólares (250 mil Reais). Pode?! Imaginou levar uma mala de viagem?…
O pior é pagar isso e chegar atrasado: Marte estaria nas condições ideais para humanos mais ou menos 1 bilhão de anos atrás… Está a 400 milhões de quilômetros do sol, e nós, a apenas 150 milhões; naquela distância, o processo de resfriamento foi muito mais rápido e, quiçá, por muitos e muitos milhões de anos Marte foi habitável. Agora, o dióxido de carbono não permite nosso “estilo” de vida (ser humano, animal, vegetal).
Os cientistas estão buscando soluções, como plantar verduras e legumes em pequenas “estufas”, reutilizar urina e suor de pessoas para reduzir a necessidade de reabastecimento, etc. O simples lapso temporal de um deslocamento Terra-Marte, em velocidade de naves espaciais, será de quase um ano… Um ano para ir, outro para voltar… e quanto tempo para descansar por lá?! Duas pessoas que bebam apenas 1 litro d’água por dia necessitariam de 700 litros só para a viagem de ida… E o oxigênio para as pessoas e para as estufas? Também pesa… E o alimento? Se uma simples água mineral acrescentaria o custo de 50 mil dólares, quanto custaria levar o necessário? Só potências conseguiriam arcar…
O Brasil, por certo, vai “aguardar na fila”… Cá entre nós, melhor que pense no combate à pandemia, na erradicação da pobreza, na preservação da vida das populações mais carentes… Há tanto por se fazer aqui!…
