Por Édelis Martinazzo Dallagnol
Aumento do nível dos oceanos, vulcões, terremotos, maremotos, incêndios, enchentes… que mais? Às vezes, perdemos de vista as amenidades, as coisas leves da vida… Basta olhar ao nosso redor, procurar ouvir… Temos árvores, arbustos, folhagens, flores… Ouvimos desde os latidos dos cachorros dos vizinhos até o canto dos passarinhos… O frio foi intenso e quase a destempo. Assim não fosse, os sabiás já estariam cantando, e muito… Antes do final de agosto, mesmo que pouco esquente, nós os ouviremos. A natureza nos acompanha em praças, bosques, parques… até na nossa área de serviço pode ter uma folhagem.
Como é bom ter uma árvore, ou arbusto, ou simples folhagem por perto!… Como é bom ter nossos vasinhos para regarmos, para remover folhas mortas, para ministrar uma pontinha de colher de adubo… Não dá a impressão de que as plantinhas gostam desse carinho? Se os botânicos ingleses estiverem certos, as plantas chegam a vibrar com nossa presença, com nossos cuidados… As flores desabrocham mais sadias, quando estamos por perto mais vezes… Ainda não foi provado que podemos passar algo de bom à plantinha; mas, por que não tentarmos fazê-lo, mesmo na dúvida?
Que tal estendermos essa disposição para além da área de serviço, para além do próprio jardim – para os parques, bosques, praças… Aí tem muita árvore, muito arbusto, muita folhagem… E nosso amor à natureza poderá manifestar-se de múltiplas maneiras: evitando quebrar galhos, raminhos, ou arrancar folhas vivas… Mais que isso: caso o amigo leitor tenha alguma espécie de compostagem (estrutura ou área em que se transforma matéria orgânica em adubo), poderá levar desse adubo em saquinho e espalhá-lo junto a folhagens e arbustos, preferencialmente os mais “sofridos”, para reanimá-los, reenergizá-los… Com mais pessoas procedendo dessa forma, teremos, em poucos anos, plantas “vivas”, vendendo saúde! Nós podemos melhorar o nosso ambiente!
E os passarinhos? Esse inverno deve ter acarretado “muitas baixas” nesse meio… Aqueles que têm seu ninho no oco de árvores nem devem ter sofrido muito. É o caso do tucano, pica-pau, papagaio, coruja, etc. Da mesma forma, o joão-de-barro, em sua casa… Mas, nesta primavera, provavelmente veremos poucos bem-te-vis, surucuás, curupiras, gralhas e, mesmo, sabiás…
Poderíamos ajudar? Sim e não. Não, porque não devemos alimentar passarinhos aleatoriamente, até para não lhes passar doenças. Sim, porque desta feita quase não há frutas silvestres… Os “veranicos” e o frio menos intensos permitiam frutificação no cedo: guavirova, pitanga, tarumã, guaçatonga, vacum, guamirim, sete-capote, uvaia, etc. Desta feita, a florada da pitanga ocorrerá em fins de agosto; da jabuticaba, em meados de setembro (e há muita jabuticabeira dentro da cidade). Mais tarde, haverá pêssegos, ameixas, caquis, etc… E entrementes? Sua generosidade contará muito…
Que tal levar uma banana ou outra fruta no bolso e deixá-la em locais frequentados por passarinhos? Com certeza será uma bela contribuição! Desta feita, os passarinhos estão precisando da nossa ajuda. Topa?
