CORE – Nosso Centro de Força

Foto: Reprodução

Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida, proprietário da QualiFis.

A vida moderna leva a maioria da população ao comportamento sedentário. E a maior parte deste comportamento está relacionada às posições sentadas. Esta posição é fatal para diferentes desordens musculares e consequentemente posturais. Elas acarretam no médio e longo prazo enfraquecimentos, encurtamentos e inibições musculares que em um efeito cascata alteram padrões de movimento e geram descompensações musculares importantes que, por sua vez, acarretam várias disfunções, desgastes, estreitamento, pinçamentos e inflamações de estruturas (músculos, cápsulas articulares, bursas, tendões e raízes nervosas). Sendo o mais comum, os problemas lombares – falaremos das lombalgias em outro artigo. E a imensa maioria destes problemas tem sua causa no enfraquecimento do CORE, decorrente das posições erroneamente assumidas no nosso cotidiano!

Do inglês, o termo quer dizer “nú­­cleo”. E trata-se mesmo do centro de gravidade do corpo humano (região abdominal) e onde começam todos os movimentos. É composta por 29 músculos que, quando fortalecidos e muito bem equilibrados, permitem ao indivíduo realizar a aceleração, a estabilização e a desaceleração de qualquer movimento que parta dos apêndices superiores (braços), inferiores (pernas) ou conjugados de maneira mais eficaz e segura.

Se a pessoa tem as extremidades do corpo fortes, mas o core enfraquecido, o movimento vai ser ineficiente e muito mais propenso a lesões. Guarde esta informação!

O fortalecimento desse centro de força me­­lhora a execução de movimentos de rotina – como pegar objetos no solo ou no alto, movimentos de rotação, inclinação, agachamentos e até mesmo a caminhada. Reduz a incidência de dores lombares e o risco de lesões. Já em atletas, pode prevenir ou minimizar lesões, acelerar a recuperação de machucaduras e de melhorar a execução das técnicas e, consequentemente, o rendimento. A musculatura do CORE tem, portanto, a função de proteção da coluna vertebral das forças negativas das atividades funcionais do dia a dia e esportivas.

A base de qualquer movimento é a ativação das capacidades biomotoras de estabilização, equilíbrio estático (parado) e dinâmico (em movimento), força e potência na musculatura profunda do centro do corpo. E isso não está relacionado somente com os músculos do abdômen. É muito mais que isso!

É um conjunto importante de grupos musculares, chamado de complexo lombo-pélvico-quadril, que é formado por músculos espinhais (que percorrem e sustentam a coluna), músculos abdominais (reto abdominal, transverso, oblíquos interno e externo), músculos do assoalho pélvico, o diafragma (músculo da respiração) e os músculos dos quadris (psoas e principalmente os glúteos). Eles são capazes não apenas de produzirem força (contrações concêntricas), mas também de reduzirem forças (contrações excêntricas) e devem estar aptos a fornecer estabilização estática e dinâmica em todos os planos de movimento. Devem ser estáveis, fortes e flexíveis. Sem este equilíbrio funcional um bom alinhamento e eficiência nos movimentos corporais não são possíveis. Quando todos estes músculos absorvem e transmitem a força de forma ideal, produzem um movimento mais fluido, limpo, seguro e eficaz.

A força é obviamente um importante aspecto da postura. Outros elementos como padrões de ativação muscular habitual (relaciona-se aos hábitos posturais), genética, flexibilidade e mobilidade também cumprem papeis fundamentais. Sem este sistema de suporte interno, um excessivo estresse (pressão e compressão) atinge diretamente a coluna, quadris, joelhos e tornozelos. Isso ao longo do tempo pode causar danos irreversíveis em todas estas estruturas. Quando forte e equilibrado, torna os movimentos mais potentes e permite conectar as partes inferiores e superiores do corpo transmitindo força de uma extremidade à outra de maneira econômica para os ossos, articulações, tendões e ligamentos, permitindo maior controle, fluidez e precisão nos movimentos.

O CORE é o alicerce, a base, e podemos visualizá-lo como uma “casa de força”:

  1. Na frente e lado da “casa” estão os músculos do abdômen;
  2.  Na parte de trás da “casa” estão os músculos da coluna;
  3.  A base da “casa” é constituída pelos músculos do assoalho pélvico e glúteos;
  4. E o teto da “casa” é o diafragma (músculo da respiração).

Como toda a energia necessária à realização dos movimentos se inicia no “centro de força” e flui para as extremidades podemos considerar que que ele é o nosso centro de potência e de energia. Por tudo isso um trabalho de fortalecimento dos músculos do CORE tem sido largamente recomendado, especialmente para indivíduos com problemas lombares.

AFINAL… A SAÚDE É O MAIS IMPORTANTE!

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