Será que acordamos?

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Por Agência Brasil

Por Édelis Martinazzo Dallagnol

Esta modesta coluna preocupou-se, sempre, com o fator ambiental. Nela falamos de animais silvestres, pássaros, etc., mas sempre colando o assunto em moldura de meio ambiente. Há anos vimos externando uma séria preocupação com a vida em nosso planeta. Já se abordaram várias alternativas virtualmente possíveis, até de “fugir” para outros planetas. Também se pôde concluir que, infelizmente, não temos rota de fuga… Aqui nascemos e aqui morreremos. Contudo, essa morte não precisa ser apressada… Se pudermos postergá-la para um futuro distante, muito distante, melhor!
Por vezes, falamos do aquecimento global e suas maléficas consequências, entre elas: secas, enchentes, incêndios, abalos císticos, vulcões, etc. E o amigo leitor nunca ouviu falar tanto em calamidades como ultimamente!… Enchentes terríveis (Índia, China, Alemanha, etc.), incêndios infernais (EUA, Austrália e, até, Espanha), terremotos (Haiti, Itália, etc.), vulcões (Canárias, etc.) e ameaça daquela que seria a maior catástrofe do planeta: a eventual erupção em Yellowstone. Se isso ocorrer — e o risco é extremamente real — seria, como que, “o início do fim”. Um evento catastrófico da maior gravidade, das piores consequências para a vida humana, animal e vegetal. Uma calamidade sem precedentes…
Já ouvimos de alguém: “Essas calamidades sempre aconteceram”. Não é verdade. Temos a História que pode contar-nos… Impérios e mais impérios (mongol, romano, bizantino, otomano, etc.) não foram afetados por catástrofes climáticas, por muitos e muitos séculos.
No entanto, finalmente parece que vários agentes públicos de diversos países estariam “acordando”… Diversas manifestações externaram temores pelo aquecimento global, pelas inexplicáveis mutações climáticas…
Alguém em sã consciência poderia imaginar a enchente que sacudiu e apavorou a Alemanha (país rico, líder na União Européia, dotado de todos os recursos imagináveis para preservar-se “de tudo e de todos”)? Aconteceu, há poucos meses, com mais de uma centena de mortos… Pois bem, a própria Alemanha, juntamente com a União Européia, já declarou urgência nas atenções climáticas. Enfatizaram estímulos os mais diversos para a efetiva implantação de ações ambientais. Até a Sul-Americana Nicarágua se mobilizou: desencadeou uma campanha nacional de plantio de árvores e reflorestamento.
A Inglaterra pareceu ter deixado a fleuma de lado e instituiu um prêmio de 1 milhão de libras (cerca de R$ 7,7 milhões de reais) para os melhores projetos de recuperação do meio ambiente… Ainda nos parece que não é exagero tamanha premiação; afinal, hoje as pessoas são “movidas a dinheiro”… Mas, a “cereja do bolo” veio na última segunda-feira (dia da oficialização da aludida premiação): a Rainha Elizabeth se disse irritada com os líderes mundiais, porque “falam muito e realizam pouco”. A rainha não é uma líder mundial, mas por sua postura equilibrada, pelo seu bom senso e, máxime, por sua envergadura moral, por certo fará eco universal…
E aí? Será que, enquanto sociedade global, nós finalmente acordamos?…

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