Balanço de 2021

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(Foto: Arquivo Agência Brasil)

Por César Graça

Foi um ano difícil. Aconteceram muitas coisas inesperadas. Talvez a mais importante tenha sido a epidemia de Covid-19. No Brasil, pico de casos ocorreu no segundo trimestre de 2021. O lockdown mudou o comportamento das pessoas. Muitas perderam toda a sua renda. Poucas tinham reservas. Foi um duro momento de sobreviver.

Essa restrição de locomoção criou uma grande onda na economia. Primeiro foi as restrições de circulação. Muitas pessoas não puderam trabalhar. O que diminuiu a sua renda. O governo brasileiro disponibilizou uma pequena renda para os mais necessitados. Não chegou a cobrir a queda da renda. Mas foi uma pequena compensação. Com o tempo a epidemia foi diminuindo e as coisas foram se normalizando.

O consumo foi voltando. Mas as fábricas tinham parado mundo afora, não só no Brasil, por falta de funcionários ou por excesso de estoque de produtos acabados. Logo os estoques produzidos foram consumidos. As fábricas tentaram voltar a funcionar. Um novo tipo de dificuldade apareceu. Muitos funcionários não conseguiram voltar ao trabalho. Os motivos foram vários. Muitos fornecedores não conseguiam suprir os pedidos, pois também tinham dificuldade de voltar à produção. Toda a cadeia de produção tinha sofrido com as restrições de circulação. A retomada foi ocorrendo lentamente. A dificuldade de se conseguir insumos provocou o aumento do preço dos produtos. Isso propagou uma onda de inflação no mundo inteiro. Alguns itens subiram mais, como: petróleo, carvão e gás natural. O que assustou muito consumidores. Em alguns segmentos a estrutura de produção ficou estrangulada, por falta de capacidade, como ocorreu nos portos mundo afora. Vai demorar um tempo para as estruturas de produção se ajustarem novamente. Só que elas não vão voltar a serem a mesma de antes da crise.

É natural de modificações ocorram. Só que a epidemia acelerou a velocidade das transformações. Alguns processos são mais eficientes que outros. A parada dos processos produtivos foi um estímulo para a troca. Novas tecnologias ganharam força.

Um exemplo foi a troca de veículos à combustão pelos elétricos. A Tesla, uma fabricante de veículos exclusivamente elétricos, conseguiu dobrar a sua capacidade de produção em 2021. Ninguém esperava um aumento tão significativo. Isso provocou uma queda de consumo de veículos à combustão e uma corrida nas fábricas tradicionais de veículos. Quase todas se lançaram a acelerar os seus projetos de veículos elétricos. Vai ocorrer uma seleção natural. Muitos desses projetos não serão terminados, por falta de recursos. Muitos desses veículos não vão ser bem-sucedidos nas vendas e as linhas de produção serão paralisadas. Alguns dos novos produtos serão muito bem aceitos. E as linhas de produção serão ampliadas. Com o domínio dos carros elétricos, o ranking dos fabricantes vai mudar.

Veículos elétricos é só um exemplo. Muitas linhas de produção aceleraram a automação dos seus processos. O que aumentou o consumo de chips. O que levou a uma escassez momentânea. Novas linhas de produção de chips precisaram ser criadas. Mas esse processo não é fácil e nem rápido. Algumas estimativas afirmam que vai ser necessário de um a dois anos para que a produção de chips alcance os novos níveis de demanda.

Algumas fábricas vão aumentar a sua cadência de produção. Outras vão diminuir. O mesmo vai ocorrer com a economia dos países. Alguns terão muita dificuldade de voltar aos níveis de antes da epidemia, outros conseguirão fazê-lo facilmente.

Para o Brasil essa mudança foi muito boa. O presidente Bolsonaro se opôs a uma restrição exagerada de circulação, como aconteceu em alguns países. A Argentina foi um exemplo de lockdown exagerado. A sua economia sofreu duramente. O aumento do desemprego foi rápido e duradouro. Muitas empresas quebraram. A produção caiu mais e a população sofreu mais. O Brasil tem uma economia predominante agrícola. As restrições foram mais suaves. O que levou a um crescimento pequeno da produção. Os portos não pararam. A produção agrícola cresceu. Agora com a retomada da economia mundial, a economia do Brasil pode crescer mais rapidamente. É o que vai ocorrer em 2022. Os primeiros indicadores da safra 2021-2022 já apontam isso. Os estoques de passagem brasileiros de grãos da safra 2020-2021 estão bem confortáveis. Ocorreu uma grande queda na produção de milho, por causa do atraso no plantio e uma forte geada no início do inverno. Mas a causa foi totalmente climática. Apesar das dificuldades, os ajustes foram feitos e reequilíbrio aconteceu rapidamente. A economia brasileira já está operando acima dos patamares de antes da epidemia.

Por causa de variações cíclicas bem compreensíveis, os preços das commodities agrícolas subiram no final do ano passado. Normalmente as safras de soja são vendidas com bastante antecedência no Brasil. O que significa que os agricultores só vão sentir o aumento de preço da soja agora. E, com o aumento da produção e dos preços, a renda dos agricultores brasileiros vai dar um salto em 2022. Isso vai impulsionar toda a economia brasileira. As fábricas de bens de capital agrícola já estão sentindo isso. O prazo de entrega para caminhões e máquinas agrícolas já é maior que seis meses. Logo vai passar de um ano. Apesar dessas fábricas estarem num ritmo de aumento de produção maior de 50% ao ano.

A infraestrutura de transporte melhorou muito nos últimos dois anos e meio. Os portos também melhoraram a sua capacidade. Tudo está preparado para o aumento das exportações em 2022. O mundo vai ficar assustando com o crescimento do Brasil. Tudo o mundo acha o contrário. A propaganda das esquerdas envolve as notícias do Brasil no exterior. A sensação que passam é que o Brasil vai quebrar. Enquanto a realidade é bem diferente. O Brasil fez duros ajuste na sua economia em 2021. Algo que poucas pessoas, no exterior, conhecem.

É evidente que muito insumos importados estão faltando na produção industrial brasileira. E que isso reduz a nossa capacidade de produção. É muito provável que essas restrições diminuam em 2022. O que vai dar um impulso a mais à nossa economia. Tudo caminha para um grande crescimento da economia brasileira em 2022. O que vai facilitar a reeleição do presidente Bolsonaro. O que vai fortalecer o crescimento da economia brasileira por mais quatro anos.

Os oito anos de governo do presidente Bolsonaro vão ser um ponto de inflexão na economia brasileira. A comparação com os trinta anos de gestão das esquerdas vai ser gritante. A sensação é que o Brasil viveu mais de trinta anos amarrado. Que agora ele está livre das ideologias de esquerda e pode voar pelo mundo.

O ano mais difícil desta trajetória foi 2021. Vários fatos concorriam para uma grande tragédia no Brasil. Uma a uma as adversidades foram ultrapassadas. Isso não está sendo percebido pela população em geral. Ela está envolvida pelas notícias mentirosas da imprensa esquerdista. O crescimento da economia em 2022 vai ser uma grande surpresa para todos.

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