Dopamina e a Motivação

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Por Sérgio Nunes, professor de educação física, personal trainer, especialista em atividade física, saúde e qualidade de vida.

O artigo de hoje irá tratar de outro importante neurotransmissor (substâncias químicas produzidas pelos neurônios com a função de biossinalização), que faz parte do quarteto fantástico da felicidade. Leia mais aqui >>> https://asemananews.com.br/2022/03/21/o-quarteto-fantastico-da-saude-dopamina-serotonina-ocitocina-e-endorfina/. Por meio destes sinalizadores é possível enviar informações a outras células ou órgãos. São os nossos mensageiros químicos. E o mensageiro, hoje, é a Dopamina.

Mas antes… O que é motivação? É ter um motivo! Buscar um objetivo! É uma força interna que nos empurra para realizar alguma coisa. Qualquer coisa! Especialmente quando requer esforços, sejam eles físicos ou mentais. E isso não acontece por mágica! E sim por mudanças químicas que ocorrem em nosso cérebro. E o responsável para realizar essa modulação nos circuitos motivacionais é a dopamina.

Ela é produzida pelo sistema dopaminérgico que está localizado na parte frontal do cérebro (testa) e quando liberada facilita a execução das tarefas que nos propomos a fazer. Esse circuito também é conhecido como sistema de recompensa. Tudo aquilo que conseguimos dar mais atenção, certamente por nos dar maior prazer, estaremos mais engajados na sua realização. Ou seja, quanto mais prazer nos causa uma recompensa qualquer, maior será a liberação da dopamina. Uma série de eventos envolvendo, inicialmente, um aminoácido (elementos construtores das diferentes proteínas presente no organismo), a tirosina, é responsável pela produção da dopamina. Sabe aqueles momentos que você se sente “energizado” ou com muita disposição? Então… a dopamina está em alta no seu organismo! E quando da inibição ou falta dela? Gera desmotivação, frustração, letargia, preguiça, falta de vontade, dor e sofrimento.

Alguns fatores contribuem para os níveis maiores ou menores da dopamina: o tamanho da recompensa, a distância ou tempo em que ela virá e a probabilidade de consegui-la. E sobre este último, não tem relação direta com o maior percentual. Ou seja, você saber que terá 100% de chance de conseguir alguma recompensa não fará seu cérebro produzir maior quantidade de dopamina. E isso faz sentido. Pois se temos certeza de que a recompensa virá de qualquer jeito, para que ficar mais motivado, não é mesmo? E os estudos apontaram que os níveis maiores de dopamina são atingidos quando temos uma incerteza média (50%) de chance para se alcançar algum objetivo. Muito interessante esse dado! Basicamente nosso cérebro trabalha – para este sistema de recompensa – com uma relação custo x benefício. Se o benefício é praticamente certo, não preciso gastar muita energia, logo, não preciso de muita motivação. O mesmo acontece se o benefício é muito incerto: precisarei de muita energia para alcançar algo que praticamente não está no alcance. Não adianta produzir mais dopamina para ficar mais motivado se o resultado não virá. Por isso o meio termo é o que funciona melhor!

Um outro estudo interessante também mostrou que não é somente com as possibilidades de recompensas que a dopamina é liberada. Acontece também quando são apresentadas situações novas e inusitadas, independentemente se agradáveis ou não! Mas uma vez avaliada como não desejável aquela situação, a produção deste neurotransmissor cai novamente. Isso sinalizará, para eventos futuros, o que trará maior ou menor motivação para a realização. É agradável, maior liberação. É desagradável, menor liberação. Isso pode explicar alguns “traumas” ou predisposição para determinadas tarefas. E muitas vezes tem relação com a maneira como foi planejada ou conduzida a tarefa. Se, de outra forma, o resultado dopaminérgico poderia ter sido diferente. Então, qualquer situação que afete a liberação de dopamina irá modular a sua motivação para mais ou para menos.  Está desmotivado? Sua dopamina está baixa!

E essas situações tem relação direta com o valor que cada indivíduo atribui a diferentes estímulos, percepções, atividades ou tarefas propostas pelo nosso dia a dia. Se você percebe como um valor maior, ficar sentado em frente à tela de um computador ao invés de sair para dar uma caminhada ao ar livre, seu cérebro produzirá mais dopamina para a primeira situação e sua motivação maior será a de ficar em frente à tela do computador. Mas se você percebe que a sua saúde é o que de maior valor você pode ter… a coisa começa a mudar! Para muitas tarefas! Até porque o sistema dopaminérgico é extremamente sensível à condição geral de saúde. E nesta esteira voltamos às recomendações já exaustivamente colocadas em diferentes artigos:

– Ter uma noite de sono reparadora;

– Gerenciar os estresses diários;

– Alimentação de qualidade;

– Diminuir a gordura corporal;

– Realizar atividade física continuada.

Levando-se em conta tudo isso parece ser fundamental ter como estratégia de ação a disciplina para a realização de algo que sabemos ser importante, mesmo que a princípio nos cause algum desconforto. Disciplina e Motivação andam de mãos dadas!

Outros Benefícios da Dopamina

  1. Aumenta a libido;
  2. Promover o aumento da massa muscular;
  3. Ajuda no controle dos movimentos;
  4. Saúde intestinal.

Alimentos (ricos em tirosina) que ajudam a aumentar a dopamina: ovos, peixe, carnes, feijão, nozes, semente de abóbora, laticínios, cogumelos, aspargo, brócolis, pepino, tomate, repolho, cevada, soja e probióticos.

AFINAL… A SAÚDE É O MAIS IMPORTANTE!

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