As Redes Sociais

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Foto: Reprodução Internet

Por César Graça

A menos de dois meses das eleições, as redes sociais reinam soberanas. Os podcast estão batendo todos os limites de audiência. A entrevista no Flow com o presidente Bolsonaro, em 9 de agosto de 2022, teve picos de quase 600 mil pessoas assistindo online e uma duração de mais de cinco horas. Após cinco dias, teve mais de 13 milhões de visualizações no Youtube.  O que teve grande repercussão em todos os meios jornalísticos. Algo inimaginável na imprensa tradicional.

Nos podcasts, Bolsonaro atinge o seu pico de popularidade, principalmente entre os jovens. A sua comunicação direta, sem os filtros dos meios tradicionais, aproxima o candidato à reeleição da grande massa dos brasileiros jovens, que se interessam pouco pela política e pelo destino do país. É um jovem que não vê mais a televisão, muito menos lê jornais. É um jovem que se informa através das redes sociais e está mais preocupado com as suas necessidades imediatas.

Com esse público, desinteressado da política tradicional, Bolsonaro consegue se comunicar de forma expressiva. É uma renovação. Poucos políticos conseguem ter um desempenho semelhante ao do presidente. O Brasil mudou com as redes sociais. A maioria dos políticos ficaram ultrapassados. Não conseguem se comunicar bem nas redes sociais. Estão datados.

O desempenho do presidente Bolsonaro é surpreendente. Ele não tem nada de um político tradicional, que faz campanha política através de anúncios que parecem peças de novela requentada. Ele é o novo se comunicando diretamente com os jovens.

O momento atual do Brasil é muito bom. A economia começa a se recuperar, após a dura epidemia. Alguns indicadores já começam a se destacar. O desemprego está caindo e já está melhor que antes da epidemia. Mas o que mais se destaca é a perspectiva.

A economia brasileira continua crescendo, enquanto a maioria dos países desenvolvidos entra em recessão. Mas não é só. Após um crescimento muito forte, em 2021, a inflação começa a cair. Isso assustou todo o mundo. Ninguém ainda está conseguindo controlar a inflação. No Brasil, a inflação, em julho de 2022, foi negativa (– 0,68%). O acumulado dos últimos 12 meses está em torno de 10%, após ter atingido mais de 12%. A tendência é de queda. O mercado financeiro prevê uma inflação de 7% no final do ano. Neste momento, a perspectiva é que o Brasil tenha uma inflação menor que a dos Estados Unidos e da maioria dos países mais desenvolvidos no final do ano.

O que vai atrair novos investimentos para o Brasil. O potencial de crescimento da economia brasileira é muito grande, ninguém nega isso. O que estava faltando era uma política econômica que desse sustentação para um crescimento sustentado de longo prazo, como a China fez nos últimos 30 anos.

A Argentina, nosso vizinho, caminha para uma inflação maior do que 100% ao ano. O que demonstra o descalabro das estratégias econômicas das esquerdas. O que enfraquece muito a campanha do candidato Lula à presidência.

Após a queda do Regime Militar, em 1984, o Brasil entrou numa sequência de governos que produziram um pequeno crescimento econômico e uma grave recessão em 2015, no governo Dilma. Isso ocorreu num momento que a maioria dos países teve um bom crescimento econômico. O Brasil cresceu, nessa época, bem abaixo da média mundial.

Agora, apesar do nosso crescimento ainda ser baixo, entre 3 e 5%, ele está ocorrendo num momento que os outros países estão entrando em recessão, por causa das políticas econômicas relaxadas para recuperar a economia após os severos lockdowns. Esse contraste está chamando atenção de todo o mundo. O Brasil está à frente dos países mais desenvolvidos no ajuste econômicos após as duras quarentenas para controlar a epidemia. A nossa realidade econômica está muito melhor, que a desses países.

Isso mexeu com a autoestima dos brasileiros. Que estavam sendo massacrados pela imprensa tradicional, nacional e internacional. Agora o Brasil virou o exemplo a ser seguido. O contraste com os países socialistas (comunistas) da América Latina é muito grande. Enquanto a América Latina se afunda, o Brasil cresce. A diferença é gritante.

O que está carregando a economia brasileira é a nossa agricultura de exportação, que está num bom momento. Fruto de uma soma de vários eventos. O primeiro é o aumento da produção do milho e da soja. A soja é o carro-chefe da nossa economia. O Brasil é o maior produtor e exportador de soja. Produz mais de um terço da soja no mundo, 125 milhões de toneladas por ano. E está caminhando rapidamente para a 40%. Fica questão, poderá passar de 50%? Há 20 anos, o maior produtor era os Estados Unidos. Hoje está com muita dificuldade em acompanhar o crescimento do Brasil. Lá a soja disputa com o milho o plantio. A competição entre os dois é muito grande. No Brasil, não acontecesse essa competição. Pois a soja é plantada na primeira safra de verão e o milho na segunda, a safrinha. Um pouco de milho é plantado na primeira safra de verão. A tendência é que aumente a área de soja plantada na segunda safra de verão. Existe a oportunidade de aumentar bastante a área de milho plantada na safrinha.

Hoje os Estados unidos produzem 360 milhões de toneladas de milho. O Brasil, 120. Só que o Brasil está aumentando rapidamente a sua produção de milho e a de álcool de milho. A produção de álcool de milho é mais rentável que a de cana-de-açúcar. Logo o Brasil ameaçará a liderança norte-americana da produção de milho e de álcool combustível no mundo.

O segundo ponto favorável ao crescimento brasileiros é o pico dos preços das commodities agrícolas. O principal ciclo de preços das commodities agrícolas é de periodicidade de sete anos. Hoje no pico de alta do ciclo. A Guerra Rússia x Ucrânia reduziu a produção agrícola nesses dois países. O que reduziu a oferta mundial de grãos.  Para melhorar os preços, a safra norte-americana de 2022 está sofrendo uma severa seca. É provável que os preços das commodities agrícolas ultrapassassem os melhores preços dos últimos vinte anos. E para melhorar ainda mais a situação, o Brasil tem estoque bem grandes, 40 milhões de toneladas de soja e 50 de milho, ainda não comercializados. O que deve favorecer muito a economia brasileira no segundo semestre de 2022.

Todo o crescimento da agricultura brasileira não seria possível sem a melhoria da infraestrutura feita nos últimos três anos e meio. O governo Bolsonaro atacou os gargalos e fez as obras com melhor retorno. Foram ações pontuais que melhoraram e muito o fluxo de vários eixos de exportação. A maioria foram obras que estavam paradas há muito tempo, algumas há décadas. Por esse motivo foram rápidas e os resultados foram muito bons. Só que essas oportunidades acabaram. As obras atuais começaram do zero. O tempo de execução será bem maior e custarão bem mais.

O fortalecimento dos corredores de exportação continua. As duas principais são as rotas bioceânicas que ligam os portos brasileiros do Atlântico com os do Pacífico. O que vai transformar o interior da América Latina. As primeiras vias já devem estar pronta neste ano. Só que o processo burocrático de integração entre os países da região vai demorar um pouco mais. Essas rotas serão melhoradas com novas vias de maior capacidade, que já estão em construção. Depois das rodovias seguirão as ferrovias. O que deve ampliar em muito a capacidade de exportação de toda a América Latina nos próximos anos.

Todo esse fundamento da economia fortalece a posição política do presidente Bolsonaro. O que lhe dá um grande cacife nas entrevistas das redes sociais, principalmente nos podcasts. As pessoas percebem que a vida está melhorando. Não na velocidade que elas desejam. Mas está melhorando. O contato com presidente é muito importante para a escolha do voto. As pessoas querem conhecer em quem vão votar. Muitos jovens não voltaram nas eleições de 2018. Outros estão pensando em mudar o seu voto. O contraditório das redes sociais é muito importante para as pessoas verem todas as alternativas.

Mas não é só a situação econômica e política que fortalece a posição eleitoral do presidente Bolsonaro. As obras que entregou fazem uma grande diferença. Foram diversas obras, no Brasil inteiro. Algumas estavam em construção há décadas. Uma que chama mais atenção é o término da transposição do rio São Francisco. Ela mudou a realidade do Nordeste.

O que mais chamou atenção dos jovens, no podcast, no entanto, foi a espontaneidade do presidente. Ele tem facilidade de se comunicar diretamente. Não faz rodeios e diz o que pensa de forma direta. Isso aproxima muito os jovens do presidente.

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