Técnica inovadora para tratamento de câncer é apresentada na Prefeitura de Curitiba

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Prefeito Rafael Greca, acompanhado da secretária da Saúde, Beatriz Batistella, recebe os ex-ministros Alceni Guerra e Borges da Silveira. Curitiba, 09/04/2024. Foto: Pedro Ribas/SMCS

O prefeito Rafael Greca declarou apoio à criação de um centro de protonterapia para o tratamento do câncer em Curitiba, iniciativa inédita no Brasil. A ideia foi apresentada a ele nesta terça-feira (9/4) pelo ex-ministro da Saúde Alceni Guerra.

Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2017, a técnica utiliza feixes de prótons, partículas subatômicas, para atingir tumores com maior precisão e com menos efeitos colaterais em relação à radioterapia convencional.

Acompanhado do também ex-ministro da Saúde Borges da Silveira, Guerra contou ao prefeito que busca uma parceria entre os três níveis do poder público para viabilizar a instalação do centro de protonterapia.

“Vamos fazer o possível para trazer esta benção da ciência que combina inovação e saúde para a nossa população”, disse Greca.

A carta de intenções está sendo preparada pelo grupo que reúne representantes das secretarias municipal e estadual da Saúde, além do Hospital Erasto Gaertner e da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O documento será entregue em breve para a ministra da Saúde Nísia Trindade. Os organizadores planejam fazer do hospital uma referência em tratamento do câncer na América do Sul que atenda pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Precisão

Um dos principais diferenciais da protonterapia reside na sua precisão cirúrgica. Ao contrário da radioterapia convencional, que utiliza raios-X, os prótons depositam sua energia diretamente no tumor.

Com irradiação menor em tecidos saudáveis ao redor do tumor, a técnica reduz significativamente o risco de efeitos colaterais, especialmente em áreas sensíveis como o cérebro, pulmões e intestinos.

Apesar das vantagens evidentes, a implementação da protonterapia no Brasil enfrenta o desafio do alto custo. A tecnologia exige um equipamento complexo e sofisticado, o que torna o procedimento caro.

Outro obstáculo à protonterapia no Brasil é a falta de centros especializados. Até o momento, não há centros de protonterapia em operação no país, o que limita o acesso dos pacientes a esse tratamento inovador.

Presenças

Participaram da reunião com o prefeito a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella; o diretor-geral da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), César Neves; a diretora-geral do Hospital Erasto Gaertner, Carla Martins, e o superintendente administrativo, Fernando Cesar de Oliveira.

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