Hebert Hoover foi o 31º presidente dos Estados Unidos, entre 1929 e 1933, era republicano. Governou durante a Grande Recessão. Passou para a história como presidente indeciso e fraco, foi um dos piores presidentes norte-americanos. A sua incapacidade de lidar com situações difíceis era notória. Abriu caminho para o seu sucessor Franklin Delano Roosevelt, um democrata, ser reconhecido como principal presidente, depois de Abraham Lincoln. Esse parece ser o destino de Michel Temer, preparar o terreno para um bom sucessor.
É evidente, para quase todos os brasileiros, que o governo gasta demais. O principal item da despesa do governo é o juro que ele paga para manter a sua dívida pública. Com o aumento da taxa de juros nos últimos anos, a dívida cresceu muito. Hoje está ao redor de 70% do Produto Interno Bruto (PIB). Um nível aceitável de dívida pública é abaixo de 30%. Apesar de que alguns países desenvolvidos têm dívidas acima de 100% do PIB.
Para reduzir a dívida é preciso pagar parte dela. Só que o governo atual nem consegue pagar os juros da dívida, quanto mais reduzir a dívida. Com a redução da taxa de juros nos últimos meses, a despesa com juros da dívida deve cair um pouco. O que reduz o ritmo de crescimento da dívida interna, mas é só.
O segundo item das despesas do governo são as despesas com funcionários públicos. Aqui o descontrole é total. O governo continua aumentando os salários dos funcionários públicos acima da inflação. Qualquer governo sensato começaria a reduzir a folha de pagamento, cortando o número de funcionários e o salário dos que ficarem.
Só que o presidente Temer é muito inseguro com relação ao seu processo de julgamento dos seus atos de corrupção no Supremo Tribunal Federal. Para isso precisa que o Congresso Nacional não permita que ele seja processado. E para barrar esse processo ele precisa que pelo menos um terço da Câmara dos Deputados não autorize o prosseguimento do processo. Vale também as ausências dos deputados durante as votações. Mesmo esse um terço dos deputados está difícil de conseguir comprando todos os deputados disponíveis. O valor do voto aumentou muito no Congresso Nacional nos últimos tempos. Os deputados estão com medo de não se reelegerem, pois estão sendo denunciados nas redes sociais.
Todo esse clima de crise política imobiliza o presidente Temer. Que, como o ex-presidente Hoover, não sabe o que fazer.
A saída é a troca de presidente para alguém que queira governar e tomar decisões duras, como reduzir a folha de pagamento dos funcionários públicos, para que seja possível a retomada dos investimentos públicos e o crescimento da economia.
Quem for o próximo presidente terá que agir rápido como Franklin Roosevelt fez, para acabar com a recessão nos Estados Unidos em 1933. Não dá para ser um presidente frouxo e gastador como Temer é. Muito menos um presidente comprometido com os ideais esquerdistas de corrupção.
A honestidade e a coragem devem ser qualidades básicas para o próximo presidente. Algo muito difícil de encontrar no Congresso Nacional, onde a incompetência e a corrupção reinam.
A renovação dos quadros políticos em 2018 será muito grande. O problema é o que fazer até lá. É evidente que Temer é um presidente muito incompetente e corrupto. As provas são de domínio público, só o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é que não quis ver.
É preciso tirar o presidente Temer do cargo e julgá-lo por corrupção. Os deputados que venderem o seu voto para dar sustentação ao governo Temer devem ser denunciados. Todos os brasileiros precisam saber quem são os deputados venais no Congresso Nacional.
A decisão dos próximos passos da crise política está nas redes sociais. A pressão em cima dos deputados deve ser muito grande para que eles tenham medo de não serem mais reeleitos por terem vendido o seu voto.
As pesquisas de opinião são bem claras, o presidente Temer é o presidente que pior avaliação já teve no cargo. Conseguiu ser pior que a Dilma, da qual era vice-presidente. Continuamos com uma presidência acéfala.
